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14 ABR 2023
CHAMUSCA | Ministra admite "urgência em dar resposta" às acessibilidades na vila
Por Jornal Abarca

O Cineteatro da Chamusca recebeu ao longo da manhã do dia 12 de abril a apresentação pública da Rede de Incubadoras de Inovação Social (RIIS), seguido da Formalização do Protocolo de Fundação da RIIS e da assinatura da Carta de Reconhecimento na Criação da Rede de Incubadoras de Inovação Social pela Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. A acompanhar a Ministra esteve também presente a Secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes.

Numa organização da Comissão Instaladora da RIIS (constituída por seis incubadoras de inovação social) com o apoio do Município da Chamusca e do Portugal Inovação Social, o evento contou com a intervenção de Paulo Queimado e de Cláudia Moreira, respetivamente, presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Chamusca, de Filipe Almeida, presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social, de Henrique Sim-Sim, coordenador do Centro de Inovação Social da Fundação Eugénio de Almeida e com a presença de Elizabete Eufémia, presidente da Associação Tempos Brilhantes e de Frederico Cruzeiro Costa da Social Entrepreneurs Agency (SEA), assim como de várias Incubadoras Sociais vindas de norte a sul do país.

A RIIS, criada em 2022, tem como objetivo promover o Empreendedorismo e a Inovação Social, o trabalho colaborativo, o crescimento sustentável e potenciar a valorização e reconhecimento das Incubadoras de Inovação Social em Portugal, contribuindo para o impacto da inovação e empreendedorismo social nos territórios e comunidades onde atuam.

A RIIS agrega atualmente 22 Incubadoras Sociais e de Inovação Social, duas das quais localizadas na Chamusca: a Hivework Social da Associação Tempos Brilhantes e a Fábrica do Empreendedor da SEA - Social Entrepreneurs Agency, o que traduz a importância estratégica que o Município da Chamusca atribui à área da Inovação social.

As incubadoras que fazem parte da RIIS têm entre dois e sete anos, trabalham com uma média de três a quatro técnicos qualificados nas suas estruturas e já apoiam a constituição de mais de 600 projetos concretos e capacitado perto de 10 mil pessoas em todo o território nacional.

Na sua intervenção, Ana Abrunhosa congratulou os autarcas, as comunidades intermunicipais, os investidores sociais públicos e privados e as fundações por todo o trabalho desenvolvido e apoio na área de Inovação Social, referindo que “muitas vezes estas iniciativas não têm a compreensão devida, porque demoram muito tempo a produzir resultados e nós sabemos bem que é mais fácil construir uma estrada porque é uma obra que se vê do que fazer Rede Social e mudar a vida das pessoas nas diferentes dimensões, quer seja na dimensão social, laboral ou escolar. Por esta visão e por esta postura saúdo os nossos autarcas e as suas equipas, na Chamusca”.

A ministra deixou um cumprimento muito especial à vice-presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Cláudia Moreira, por todo o excelente trabalho que tem desenvolvido neste âmbito e por assumir vários projetos na área da Inovação Social. Terminou referindo que “estamos disponíveis para continuar a financiar esta rede, bem como o seu alargamento, na qual todos os municípios serão bem vindos e tenho a certeza que darão por bem investidos os seus recursos financeiros ou humanos, porque a nossa missão é mudar vidas, sendo que essa é também a missão maior dos autarcas, e é isso que se faz na Inovação Social.”

Cláudia Moreira, também vereadora com o pelouro da Ação Social da Câmara Municipal de Chamusca, falou sobre a Inovação Social no Concelho, destacando sobretudo o primeiro projeto de empreendedorismo social promovido pelo Município, o “Nylons e Popelinas”, que teve como objetivo dar nome e rosto aos saberes que resultam em obra realizada pelos utentes, alunos ou utilizadores das instituições. Neste projeto foram criadas 11 marcas de produtos e respetiva imagem, com o apoio de designers voluntários que interagiram com as organizações, ao longo de vários meses.

No âmbito medida “Parcerias para o Impacto” do programa “Portugal Inovação Social”, o Município da Chamusca investiu nos últimos quatro anos em oito projetos de Inovação Social e Empreendedorismo, dos quais se destacam os projetos na área da Saúde, em especial na saúde mental, Educação ou Envelhecimento ativo. Importa referir, que o Município da Chamusca é considerado uma referência nas políticas públicas para a promoção de uma sociedade mais coesa social e territorialmente e é o maior Investidor Social na Região Alentejo, no âmbito do Programa Portugal Inovação Social, com um investimento superior a 275 mil euros e o terceiro maior investidor per capita a nível nacional. 

De acordo com Cláudia Moreira, “com um investimento superior a 275 mil euros, o Município da Chamusca conseguiu financiar mais de um milhão de euros em projetos direcionados para a Inovação Social”, referindo que a Inovação Social é “termos a capacidade de encontrar soluções criativas e diferenciadas para resolver problemas já há muito tempo existentes, tendo em conta a particularidade dos nossos territórios, mas também sempre com a preocupação de gerar impacto social”.

A vice-presidente frisou ainda que “quando se fala em Inovação Social, fala-se em melhoria da qualidade de vida das nossas pessoas e, portanto, este é um investimento que iremos continuar a fazer.  É um trabalho e um caminho que devemos continuar a percorrer”, salientando que “é gratificante ouvir elogiar todo o trabalho que está a ser feito no nosso Concelho, sabendo sobretudo que ele é dirigido às nossas pessoas e que se traduz numa melhoria da qualidade de vida”.

Para Paulo Queimado, presidente da Câmara da Chamusca, a escolha da Chamusca para apresentação e formalização desta rede é o reconhecimento de todo o trabalho que o Município tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos quatro anos na área da Inovação Social.

“Os oito projetos de Inovação Social e Empreendedorismo que estão a ser desenvolvidos no nosso concelho e que apoiam mais de 1500 pessoas, têm criado um grande impacto na nossa comunidade, quer seja a nível da criação do próprio posto de trabalho ou da procura ativa de emprego, quer seja na área da educação ou da saúde, particularmente da saúde mental.” Neste contexto, Paulo Queimado congratulou todos os parceiros que trabalham com o Município nesta área, referindo que “trabalhamos com pessoas extraordinárias com uma dedicação enorme, que trabalham com o coração e que têm sido uma grande mais-valia para nós e para a nossa comunidade.”  

Enquanto investidor social o Município da Chamusca, assume o compromisso de cofinanciar Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social (IIES) apresentadas por entidades para candidatura a financiamento no âmbito do Programa Parcerias para o Impacto.

Refira-se que o Município da Chamusca é investidor social em projetos com vários parceiros sociais, nomeadamente HiveWork Social, Cantinho Digital, Agita(r)damente e Asas do Tempo, com a Associação Tempos Brilhantes, Fábrica do Empreendedor, com a SEA, INCLUSIVAMENTE, com a Farpa, Academia de Líderes UBUNTU, com o Instituto Padre António Vieira e Feliz_MENTE, com o Centro de Apoio Social Aconchego, um projeto pioneiro que visa a prevenção e o combate da doença mental, cofinanciado também pelos investidores sociais RESITEJO, ECODEAL e SISAV.

O evento contou ainda com um momento de Networking e uma visita à Oficina Colaborativa da Incubadora de Inovação Social da Chamusca Hivework Social, onde Rui Tanoeiro, fadista chamusquense, e Diogo Ferreira, natural de Torres Novas, interpretaram alguns fados típicos ribatejanos.

À saída, questionada pela imprensa sobre a construção do IC3/A13, Ana Abrunhosa disse que leva consigo a preocupação e a constatação do percurso que fez até chegar à Chamusca “durante o percurso pude constatar aquilo que é uma preocupação permanente do sr. Presidente da Câmara da Chamusca e dos outros autarcas deste território, que foi cruzar-me com veículos de transporte de matérias perigosas que atravessam populações por vezes a alguma velocidade, por isso levo comigo a urgência de darmos uma resposta célere, neste sentido, a este território. Para salvaguardarmos a qualidade de vida das populações, as infraestruturas rodoviárias e a existência de alternativas são também sinónimo de qualidade de vida e de competitividade, porque a não existência de uma rodovia que seja competitiva inibe a atração de empresas para este território”.

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