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12 JUN 2023
VN BARQUINHA | "A Pipoca precisa de nós"
Por Jornal Abarca
Diz o povo que “contra a má sorte, coração forte”, mas é preciso um grande coração para resistir a tanto enfado. A Beatriz, os pais Nuno e Zélia, e toda a família que a acompanha têm esse coração do tamanho do mundo, vão buscar forças onde o diabo as esconde e seguem em frente, um dia de cada vez.
 
A Pipoca, como é tratada a doce Beatriz Morgado, de 11 anos, não tem tido vida fácil. Nasceu com paralisia cerebral, mas
todos se foram adaptando para a ajudar. Na edição de Agosto de 2021 visitámos a casa dos avós Isilda e Luís, em Vila Nova da Barquinha e encontrámos um lugar cheio de amor. O mais ternurento exemplo veio da prima Leonor, de nove anos, que cuidava da prima como se esta fosse o bem mais precioso que tem. Em Agosto de 2022 voltámos a cruzar-nos com a Pipoca e a vida corria normalmente. Dois meses depois, tudo piorou…
 
Uma queda e tudo mudou
Em Outubro de 2022 Beatriz caiu e partiu a testa. “Ela tem uns electroestimuladores internos e um dos fios partiu. Quando nós detectámos, em Novembro, ela já tinha piorado”, explica a mãe, Zélia Galvão. “Teve de ser internada de urgência no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e foi operada no dia 7 de Março para reparar esse electroestimulador que estava em curto circuito”.
 
Apesar de a cirurgia ter corrido bem, a verdade é que Beatriz voltou à estaca zero: “Até os electroestimuladores fazerem o mesmo efeito que faziam anteriormente”, o que pode demorar entre seis a oito meses, “ela regrediu em tudo: tem muitos espasmos, não consegue dobrar os membros, o corpo fica uma tábua, não se consegue sentar, e voltou a usar fralda, que já não usava”, lamenta a mãe.
 
A solução para o sofrimento de Beatriz passa por uma forte dose de medicação de forma a entorpecer o corpo. E a dúvida vive na cabeça de todos: quando os electroestimuladores voltarem a actuar como anteriormente, a Pipoca terá de aprender tudo? “Não sabemos como será”, suspira Zélia.
 
Beatriz viaja quatro vezes por ano até Espinho, onde durante um mês faz terapia therasuit na clínica Kinésio. “Éramos para ir em Junho, mas a médica aconselhou-nos a não ir. Como ela está muito adormecida, a fisioterapia não ia fazer efeito”.
 
Com a voz embargada pelas lágrimas que ameaçam sair dos olhos, Zélia confessa que estes têm sido “meses angustiantes e cansativos… não sabemos como ela vai ficar, é uma incerteza que sufoca o coração. Nunca sabemos como vai ser o dia seguinte, como ela vai acordar”. Ainda assim, não se esquece de “agradecer a todos os que nos ajudam porque têm sido realmente muito nossos amigos”. Os corações fortes são assim.
 
Como ajudar!
Com Beatriz no estado em que se encontra, as despesas voltaram a disparar. Além da reabilitação que faz na clínica Terapia ao Quadrado em Torres Novas, da psicóloga em Abrantes e uma terapia ocupacional em Vila Nova da Barquinha prestes a iniciar, as despesas em fraldas e papas têm sido demais para esta família: “Neste momento só o Nuno é que está a trabalhar, eu estou em casa com ela”.
 
Por isso, pode ajudar a Pipoca doando fraldas e papas, tampinhas para reciclagem, ou verbas através dos seguintes meios:
IBAN: PT50 0035 0876 00013521700 90
MBWAY: 918351188 ou 917149019.
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