Aqui há uns tempos, estava eu na esplanada da Praia do Sul, aqui na Ericeira, quando um casal jovem aparece, com um menino pequenino, e se senta perto de mim. Comecei logo a brincar com o menino, ele ria-se e eu ria, até que—sem querer, juro, mas eles falavam bem alto—comecei a ouvir a conversa dos pais
Então era assim:
Ele: “por que é que há pessoas que agora não comem carne?”
Ela: “Acho que é por causa da Quaresma”
Ele: “O que é a Quaresma?”
Ela: “Não sei bem mas acho que é uma seita terrível que existe na China”.
E lá continuaram a beber o seu café e a brincar com o filho
Quando eu contei isto a um amigo meu, ele ainda quis defendê-los, “devem ser ateus!”
Ó meus amigos, não é preciso acreditar em Deus para saber o que é a Quaresma! Não é preciso acreditar em Deus para saber quem foi Jesus Cristo, e o que se comemora no Natal e na Páscoa!
Isso faz parte de uma coisa chamada “cultura geral”.
Também não é preciso ter ido a França para sabermos que a capital é Paris. Ou ter um curso de medicina para sabermos que faz mal apanhar muito sol na cabeça.
Mas a ignorância hoje em dia é terrível. Basta assistirmos aos concursos da televisão –o “Porquinho Mealheiro”, por exemplo—para vermos isso! Muitos dizem que não sabem porque “isso não é do meu tempo” O D. Afonso Henriques também não é do meu tempo e eu sei que foi o primeiro rei de Portugal e dava sovas à mãe.
Aqui há dias, num concurso da RTP, a respeito da autoria de um livro, davam-se quatro hipóteses. E houve um jovem que estava muito, mas mesmo muito hesitante entre Marx e Vergílio Ferreira.
Não se acredita… mas a realidade hoje é assim.
O que será que estes pais, aqui ao meu lado, vão ensinar àquela criança?