Os maus odores voltaram a fazer sentir-se na vila de Alcanena, entre o final do mês passado e o início de Outubro, o que levou a ondas de indignação da população. Ainda que não com a mesma gravidade dos episódios registados em 2017 e 2019, a verdade é que o executivo liderado por Rui Anastácio não parece disposto a deixar a situação arrastar-se.
Num comunicado publicado nas redes sociais da Câmara Municipal de Alcanena, o executivo revela o teor de uma missiva enviada aos industriais, na qual, através da execução do Sistema de Indústria Responsável, cogita a possibilidade de “por um prazo máximo de seis meses, a suspensão da atividade, o encerramento do estabelecimento, no todo ou em parte, ou a apreensão de todo ou parte do equipamento, mediante selagem”.
Tudo isto, justifica a autarquia, “em defesa da população e da qualidade de vida no concelho de Alcanena”, pois a eliminação deste problema “beneficiará a todos e será a pedra basilar para a continuidade da afirmação económica e social deste concelho, para que se constitua como um território que atraia e permita um ainda maior desenvolvimento, assegurando simultaneamente condições ambientais dignas para todos os que nele habitam ou utilizam o seu território”.