Casimiro Ramos destacou a normalização das urgências nas três unidades - Abrantes, Tomar e Torres Novas - a aposta na melhoria e inovação na prestação de cuidados e o balanço financeiro positivo da actividade hospitalar.
Mais acesso e inovação, uma maior integração e humanização dos cuidados de saúde, com o doente no centro de todo o sistema – assim se apresenta a Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) no seu primeiro mês de atividade.
Para 2024 foram definidos cinco eixos estratégicos, 19 ações de melhoria e traçadas 32 medidas prioritárias, que levarão a ganhos de saúde e eficiência para a população.
“A nova ULS Médio Tejo é um momento marcante para a saúde da nossa região”, afirma Casimiro Ramos. “É uma oportunidade única para promover uma melhoria e inovação na prestação de cuidados de saúde à população”, acrescentou, à margem de um encontro com a imprensa sobre o primeiro mês de transição para o novo modelo organizacional de ULS e de balanço assistencial de 2023.
A ULS Médio Tejo agrega na mesma instituição áreas como os Cuidados de Saúde Primários, os Cuidados Hospitalares e a Saúde Pública. Pretende-se com esta incorporação de cuidados uma melhor coordenação e organização dos serviços de saúde, colocando o foco nos utentes, acompanhando-os de forma integrada por equipas multidisciplinares, em todas as fases da sua vida – do nascimento à velhice.
Esta melhor coordenação entre os Centros de Saúde e os cuidados Hospitalares, dos meios complementares de diagnóstico à investigação e desenvolvimento, tem como objetivo promover a saúde do utente como um todo. As 32 medidas traçadas para 2024 integram-se nesta nova filosofia.
A internalização na ULS das ecografias obstétricas e rastreios bioquímicos nas gravidezes de baixo risco (evitando a realização destes exames em entidades privadas/externas); a criação de um projeto de Educação para a Parentalidade; o acompanhamento de recém-nascidos prematuros após alta de Neonatologia são exemplos de medidas de implementação para 2024 na ULS Médio Tejo que integram esta visão holística da saúde.
Ao nível do aumento do acesso, destaque em 2024 para a atividade que a ULS Médio Tejo pretende desenvolver na criação do Hospital de Dia e Consulta de Insuficiência Cardíaca, afirmando a especialidade de Cardiologia da instituição, e dando resposta ao crescente número de utentes com esta patologia, diminuindo a pressão sobre o Serviço de Urgência. Muito importante para a qualidade de vida de milhares de utentes do Médio Tejo será a intervenção pioneira em dor crónica que a ULS Médio Tejo define como prioritária.
No que diz respeito à sustentabilidade económica e qualidade, em 2024 irão dar-se os passos necessários para a internalização de grande parte das análises clínicas, radiologia convencional e TAC do Médio Tejo, estando já em curso a instalação de postos de recolha para análises clínicas nas unidades de cuidados de saúde primários. Esta medida permitirá uma poupança de 1,589 milhões de euros no primeiro ano de atividade da ULS Médio Tejo. No final do terceiro ano de atividade, esse valor ascenderá a mais de 5,382 milhões de euros.
Outro eixo prioritário da ULS Médio Tejo será a Investigação e Desenvolvimento, como forma de afirmação e captação de talento. Será já no próximo mês de fevereiro que será inaugurado o centro de investigação da ULS Médio Tejo.
No encontro com jornalistas, o presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo, Casimiro Ramos, anunciou ainda que, a partir de 1 de fevereiro, o Serviço de Urgência Pediátrica passará a funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, sem constrangimentos, ultrapassando a contingência em vigor desde o verão passado.
Casimiro Ramos deixou também a garantia de que não estão previstas quaisquer contingências nos três serviços de urgência geral da ULS Médio Tejo em fevereiro. O presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo deixou a nota de que a Urgência de Abrantes, que sofreu uma enorme sobrecarga com o pico de Gripe A, nunca esteve encerrada.
Casimiro Ramos fez também um balanço da atividade assistencial de 2023, no qual realçou aumentos assistenciais em todos os indicadores e o melhor desempenho económico-financeiro da história do antigo Centro Hospitalar do Médio Tejo, apesar do aumento dos gastos com pessoal e do aumento dos consumos clínicos.