A Thunder Foods SA foi recentemente investida em 7,5 M € e irá desenvolver uma nova unidade de I&D e uma unidade piloto de produção industrial de farinhas proteicas à base de insetos, num investimento global de 13 M € também apoiado pelo PRR no âmbito da Agenda Mobilizadora InsectERA.
Os insetos surgem na alimentação humana como alternativa adicional para enfrentar um importante desafio societal: alimentar uma população mundial em crescimento num planeta no qual a área e a capacidade de produção agrícola não conseguirá acompanhar as necessidades futuras com as fontes tradicionais.
Assim, estas novas fontes nutricionais vão, mais do que substituir, somar-se às atuais e, na medida do possível, implementar processos de economia circular, mais sustentáveis, gerando mais com os mesmos recursos naturais.
Embora ainda geradores de alguma repulsa sobretudo para as populações do Ocidente, os insetos já integram a alimentação de uma parte substancial da população mundial, sobretudo na Ásia e em África, e têm vindo a revelar-se, pela sua qualidade e características funcionais, um ingrediente diferenciador que adiciona valor aos produtos gerados, não somente pela acrescida sustentabilidade dos processos com que são obtidos, mas, acima de tudo, pelo valor nutricional e sabor.
Cada vez há mais estudos e ensaios realizados por entidades de referência que demonstram que os insetos cumprem três importantes requisitos, os nossos 3 Ss: Saúde, Sabor e Sustentabilidade – respeitando um 4º S que é essencial, são comprovadamente Seguros.
Em Portugal desde há alguns anos que já é possível encontrar produtos à base insetos nas prateleiras de alguns supermercados e a Thunder Foods SA tem o objetivo de contribuir para o crescimento do setor bioindustrial dos insetos no nosso país, contando agora com uma capacidade financeira acrescida para o conseguir.
A recente entrada da BlueCrow no capital da Thunder Foods, permitirá realizar um ambicioso plano de investimentos em investigação e desenvolvimento da empresa, assegurando o consolidar da tecnologia e a instalação da primeira Unidade Piloto com capacidade e escala industrial que se pretende que esteja em funcionamento no início de 2026 com capacidade para produzir dezenas de toneladas de produtos derivados de inseto por mês, principalmente destinados à alimentação humana.
Esta é já a segunda empresa dedicada ao setor bioindustrial de insetos a instalar-se em grande escala na cidade de Santarém, tornando a capital Ribatejana na capital deste novo setor bioindustrial.