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19 SET 2024
EDITORIAL | "O continente tremeu e a Madeira ardeu"
Por Jornal Abarca

Os noticiários de 26 de Agosto abriram com a ocorrência de um sismo cujo epicentro, situado a cerca de 60 km de Sines, registou uma magnitude de 5,3 na escala de Richter. Na região a magnitude (ver página 36) foi de 3,5. Ou seja, um abalo sentido por muito poucas pessoas. A situação fez de novo soar os alertas para a fraca existência de construções antissísmicas em Portugal. O assunto salta para a ordem do dia sempre que em qualquer ponto do planeta as placas tectónicas se movimentam. A “novidade” passa e, apesar da legislação em vigor, muito pouco é feito.

    Não é tema desta edição, mas a ilha da Madeira ardeu durante mais de duas semanas. Falamos de uma pequena ilha, com uma fauna muito própria e vital para a sua sobrevivência que o fogo devastou. A ajuda de bombeiros e demais agentes de protecção civil continentais foram recusadas quase até ao limite. No entender dos governantes locais da Madeira sabem os que lá estão, sem querer tirar qualquer espécie de mérito, por vezes o conhecimento e o esforço não fazem tudo e as ajudas são bem-vindas.

Voltemos à região que, embora pequena, mais do que triplica a área da Madeira. Por cá, para nosso bem, não houve cataclismos. Só calor. Calor que os dias ainda grandes de Agosto trouxeram e prometem continuar com temperaturas elevadas. Estamos no Verão, mas as noites vão calmamente estendendo o seu manto e as cores outonais vão começar a atapetar os campos, os jardins e os passeios das cidades.

É tempo também de recomeço, antecipando o novo ano e bem antes do rejuvenescimento primaveril. Enquanto isso, nestas páginas registamos as atribuladas vidas de Fernando Gerardo ou de Fernando Cardeira. A monumentalidade esquecida do, vulgo, Aqueduto dos Pegões que abastecia o Convento de Cristo, ou o começo da nova época do futebol distrital. Para que os vindouros não esqueçam, é da região uma das medalhas olímpicas e dois diplomas. Os jogos olímpicos já foram, no entanto, o que no papel se escreve perdura muito para além de um clic.

Como é hábito o jornal não se esgota nestas referências. Os nossos cronistas levam-nos a viajar no espaço, pelo país de “nuestros hermanos”, por Abrantes ou pelos três Ds do Movimento das Forças Armadas. Os recomeços, as decisões, as eleições dos EUA, a polarização política ou o quotidiano dos tempos que correm ou dos idos.

“(…) que atrás dos tempos vêm tempos / e outros tempos hão-de vir (…)”, Fausto Bordalo Dias “Atrás dos tempos”

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