Num mês em que a astrologia nos fala do Mercúrio Retrógado, já sabemos que teremos dias difíceis. Destacam-nos alguns problemas com maior impacto no dia-a-dia e níveis de desorganização ampliados.
Esclarecem-nos também que não é Mercúrio que está a andar para trás mas que, na perspectiva de quem observa a partir da Terra, está a movimentar-se mais devagar em relação ao nosso planeta.
Ora, isso alegadamente tem impacto nas nossas decisões que, apesar de não poderem ser adiadas, têm que ser muito ponderadas e reflectidas.
Qualquer iniciativa que tomemos tem que ser, portanto, muito bem pensada.
Todas as áreas merecem ser revistas, reanalisadas e reinterpretadas para que não tenhamos nenhum dissabor lá mais para a frente. Claro que isto não significa suspender a nossa vida e colocar um ponto e vírgula nas acções que precisamos tomar.
Levando a astrologia mais ou menos a peito, a verdade é que por vezes precisamos mesmo dar um passo atrás para depois darmos dois passos em diante. É só não nos deixarmos influenciar pelo medo que tantas vezes nos condiciona e nos impede de progredir.
O café está quente como agosto. Não está amargo, só cortei um pouco no açúcar. Tomo-o com cuidado para que não entorne e lance a desordem no meu espaço. Continua um pouco desarrumado é certo, porque a cabeça não pára e todo o movimento, retrógrado ou não, retira-me tempo e clareza para arrumar algumas gavetas e reconhecer que nem tudo se recicla.
Setembro avizinha-se, é melhor não arriscar e esperar por ele para finalmente deitar fora o que não me serve nem preenche.
Agradeço de qualquer foram a simpatia de Mercúrio por não me roubar a coragem de fazer o que tinha que ser feito, ao sabor de agosto.