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21 OCT 2024
EDITORIAL | "Pintor de Verdades"
Por Jornal Abarca

Há muito que considero que o livro “O pintor de batalhas”, de Arturo Pérez-Reverte, deveria fazer parte de qualquer curso de jornalismo. O autor, nascido em Cartagena em 1951, é considerado um dos maiores escritores espanhóis da actualidade. Antes foi jornalista - é formado em Jornalismo -, repórter de guerra para vivenciar as aventuras que lia nos livros.

Na obra citada, Pérez-Reverte conta a história de um fotógrafo de guerra premiado que é procurado por um ex-soldado, cuja fotografia fez capa e lhe valeu um dos prémios. No entanto, o militar perseguia-o, porque a tal foto originou que a sua família fosse morta pelas tropas que combateu.

Vem isto a propósito de um artigo publicado no Expresso sobre o estado de saúde de António Lobo Antunes. O texto anuncia também o lançamento de uma biografia aumentada e actualizada, da autoria do mesmo jornalista, nascido em Alpiarça. O livro será lançado em Outubro, mês em que Lobo Antunes, habitualmente, dava à estampa uma nova obra.

Não quero dar lições de moral a ninguém, mas quem tem por ofício, e gosto, escrever nos meios de comunicação social era bom pensar que por detrás de sobre quem se escreve, existe o próprio, família e amigos chegados.     

Confesso que fiquei indignada, bastava-me saber que Lobo Antunes estava doente, não iria editar este ano. Não precisava de saber de forma, quanto a mim, pouco ética que o escritor estava demente e por certo não irá perguntar as horas na altura de partir, “as pessoas perguntam muitas vezes as horas antes de morrer”, ouvi-o dizer.

Um sentimento enorme de indignação senti também no domingo, dia 29, ao ouvir o discurso de Ventura. Com a bandeira nacional atracada ao bolso das calças, o líder do terceiro maior partido português disse coisas que julguei que jamais voltaria a ouvir.

Vamos para a região e ao jornal que ela noticia. Porém, tal como fomos a Bragança, não me coibi de dar duas notas sobre o nosso mundo. Mais perto, registo para Ricardo Ribeiro que percorreu o país de lés a lés, a correr e de bicicleta, para angariar fundos para o IPO, de Lisboa. Recolheu cerca de dois mil euros e a felicidade que sentiu foi enorme.

Alcanena inaugura dia 4, o seu museu municipal. Um espaço de passado e de futuro programado desde 1982 e que, finalmente, abrirá. Transversal a toda a sociedade surge o problema controverso do uso de telemóveis nas escolas.

A última página desta edição é dedicada a José-Alberto Marques, poeta nascido em Torres Novas e que escolheu Abrantes para viver. Reivindicava a autoria do primeiro poema concreto publicado em Portugal e definia-se como um poeta dadaísta que assumia a escrita enquanto código linguista alfabético. José-Alberto Marques nasceu a 4 de Outubro de 1939, faleceu a 18 de Setembro último. 

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