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07 JUL 2011
"QUERO UMA REUNIÃO COM A RPP SOLAR PARA ESTABELECER PRAZOS RÁPIDOS"
Por Ricardo Alves

 

A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do céu Albuquerque, foi confrontada pela oposição e populares sobre algumas questões latentes. RPP Solar, Etar dos Carochos e Mercado Criativo foram assuntos abordados. Sobre o mega projecto de Alexandre Alves, a presidente afirmou: “Quero uma reunião com a RPP Solar para estabelecer prazos rápidos”

 

No dia 30 de Junho a Assembleia Municipal de Abrantes voltou a reunir-se. Foram muitos os populares que se dirigiram ao edifício da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), quase enchendo a sala. Os temas quentes da agenda política foram abordados e respondidos por parte da presidente da CMA.

Um dos dossiês mais badalados dos últimos três anos em Abrantes é o da RPP Solar, que teima em não arrancar defi nitivamente. A mega fábrica de painéis solares a instalar junto à central termoeléctrica do Pego, projecto do empresário Alexandre Alves e avalizado pelo anterior presidente da CMA, Nelson de Carvalho, tem estado envolto em polémica, avanços e recuos. Questionada pela oposição laranja sobre o andamento do processo, uma vez que o anunciado arranque, um de vários já anunciados e falhados, devia ter acontecido no fi nal de Maio, Céu Albuquerque lamentou-se pelo facto de “muitas coisas não estarem a correr bem, o atraso é brutal” e explicou que “no dia 29 de Abril recebi uma carta com os problemas associados e no dia 18 de Maio uma outra a dizer que havia problemas de financiamento. Mais tarde recebi um telefonema em que me foi dito que havia financiamento estrangeiro”. A verdade é que o atraso é já muito signifi cativo – o arranque da produção esteve previsto para Julho de 2010 – e todas as datas apontadas falharam. “Quero uma reunião com a RPP Solar para estabelecer prazos rápidos” explicou a edil, contando que havia “uma reunião marcada para ontem (29 de Junho) mas que foi adiada após receber um fax, para dia 6 de Julho”, data do fecho do Jornal Abarca o que nos impossibilita de relatar o resultado dessa reunião nesta edição.

O Mercado Criativo, inaugurado durante as festas da cidade e criado no edifício que albergava o antigo mercado municipal foi outro tema que suscitou críticas por parte da oposição e alguns populares. A presidente da CMA defendeu o projecto e respondeu à crítica de ter sido feito “à pressa”. “Se estivéssemos à espera das reuniões de assembleia não fazíamos nada. Temos um programa e vamos cumpri-lo, nós somos o órgão executivo, e a assembleia é um órgão deliberativo”. Já sobre a acusação de o espaço estar muitas vezes fechado, Céu Albuquerque refutou a ideia, “não está, é uma mostra” e também respondeu às questões levantadas sobre a segurança e higiene do espaço dizendo que todas as normas foram respeitadas.

A nova localização da ESTA, no tecnopólo de Alferrarede, mereceu mais críticas por parte da oposição. A resposta foi contundente, “este projecto nas mãos do PSD é para matar!” acusando os vereadores da oposição de se absterem sobre a nova localização “neste tempo de necessidade de união”.

Também se ficou a saber que a ETAR dos Carochos terá o seu projecto e localização renegociados. Foi esta a garantia dada por Céu Albuquerque. A obra, orçada em 752 mil euros, ainda nem sequer começou.

 

PSD contra a deslocação da ESTA

 

Os vereadores do PSD abstiveram-se relativamente à proposta de deliberação para a aprovação do processo de contratação da empreitada da “ESTA – Escola Superior de Tecnologia de Abrantes – Tecnopolo do Vale do Tejo – Abrantes”. No entanto, a proposta foi aprovada, por maioria, com os votos a favor dos vereadores eleitos pelo PS e pelo ICA. O PSD, na sua declaração de voto, reconhece a importância da construção deste equipamento universitário, mas considera que “é o único pilar que ainda sustenta” o Centro Histórico. Quanto ao projecto de regeneração urbana da cidade de Abrantes que engloba o Museu Ibérico, uma nova Câmara que ocuparia todo o espaço do edifício da ESTA e da garagem da rodoviária nacional e um Centro Cultural a instalar no mercado municipal, os vereadores social democratas também têm uma visão diferente. O PSD defende a manutenção da localização da câmara, a recuperação e requalifi cação do mercado diário, a criação de condições de conforto para a circulação de pessoas nalgumas ruas do centro histórico, a recuperação das habitações degradadas, a criação de uma Academia de Música e de Artes de Abrantes, a reavaliação da circulação automóvel nalgumas artérias do centro histórico e afi rma ainda que o centro histórico deveria acolher o mercado semanal e serviços como centro de saúde, loja do cidadão, segurança social ou SMAS.

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