O processo de construção da Ponte do Tramagal ganhou um avanço de 9 meses a um ano.
O Governo quer “acelerar” o processo de lançamento e concessão de construção da “ponte de Tramagal”, inserida no Itinerário Complementar n.º 9 (IC9), em 9 meses a um ano. Um percurso de 33 quilómetros que une Abrantes e Ponte de Sor.
Esta a informação que o presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Nelson Carvalho, obteve numa recente reunião com o primeiro ministro José Sócrates e o secretário de Estado das Obras Públicas, e transmitiu na sessão da Assembleia Municipal de Abrantes de 29 de Fevereiro.
A construção desta nova obra de arte a unir as margens do Tejo no concelho de Abrantes, entre Tramagal e Abrançalha é de “extrema importância” para o concelho e a região.
“Junto do Governo não podia negociar uma ponte entre duas localidades do concelho de Abrantes, sob pena de ouvir que esse era um problema concelhio”, disse Nelson Carvalho, acrescentando: “Por isso, inscrevemo-la no traçado da IC9 que liga Ponte de Sôr e o norte alentejano à A-23. O Governo assumiu este troço como prioritário para o desenvolvimento regional e 2009 poderá ser o ano de lançamento destes dois projectos bastante importantes para Tramagal, para Abrantes e para toda a região”.
A antecipação do processo deve-se ao facto do Ministério das Obras Públicas tencionar lançar o projecto e a construção da obra num único concurso: “A empresa que ganhar o concurso faz o projecto e lança a obra”, esclareceu o autarca.
Da A-23 até ao Tramagal o troço terá perfil de auto-estrada com quatro faixas de rodagem. A completar o projecto, está associada a construção de uma via de circular interna (VCI), em alternativa à estrada nacional 118. A VCI faz a ligação directa da zona industrial do Tramagal à nova travessia e, consequentemente à A-23, e às freguesias do Rossio ao Sul do Tejo e do Pego. Ou seja para chegar ao Tramagal vai deixar de ser necessário percorrer o sinuoso traçado de 35 curvas da EN 118.
Nelson Carvalho disse também que as novas acessibilidades são “essenciais para a competitividade da fábrica da Mitsubishi”, sedeada em Tramagal, “e para todo o tecido industrial de Abrantes e da região”.
A dificuldade de acessos tem “condicionado” a concretização de novos projectos Mitsubishi. “Não é por acaso que as grandes empresas se situam juntos das vias de acesso e no caso do Tramagal a situação tem vindo a piorar, com o problemas das pontes”.
O problema da deslocalização não é falado, “mas ele está sempre presente. Só nos podemos continuar se formos competitivos”, conclui Jorge Rosa.