É vasta a diversidade de vinhos que hoje podemos encontrar devido às diferentes características das vinhas, ou aos diferenciados métodos de produção. Por exemplo, na Quinta do Pouchão ainda se pisa a uva à moda antiga.
Considerado o néctar dos deuses, inspira artistas e poetas, marca presença nos cultos religiosos, celebra vitórias, faz parte do quotidiano. Reza a história que o vinho nasceu até antes da escrita, tendo sempre acompanhado a humanidade. Aliás, Cícero compara o vinho aos próprios homens ao afirmar que “a idade azeda os maus e apura os bons”. Do sagrado ao profano, é incontestável o seu lugar de destaque em qualquer ocasião.
Divididas em várias castas, as vinhas foram cuidadas e agora é tempo de vindimar. Entretanto, começa a azáfama
na adega. Desde a entrada da uva até à saída do vinho são vários os processos a executar seguindo sempre as indicações precisas do enólogo. Todos os pormenores contam para o resultado final. O ritual repete-se todos os anos para que tenhamos à nossa disposição uma vasta diversidade de vinhos, resultante das diferentes características das vinhas, ou dos diferenciados métodos de produção. O difícil é escolher.
A Quinta do Pouchão, em Alferrarede, concelho de Abrantes, “o tipo de solo é completamente diferente”, afirma Ilídio Francisco, “o solo é argilo-calcário, logo saem vinhos mais encorpados com outra textura diferente dos vinhos um pouco adelgaçados do Ribatejo”. Também o clima nesta zona é mais temperado. Por outro lado, o processo de produção é tradicional. Depois de colhida e seleccionada manualmente, a uva é pisada por homens e os vinhos são fermentados em lagares abertos. “O nosso lema não é produzir em quantidade, mas sim em qualidade”.
Integrada na Sociedade Agrícola Ouro Vegetal, Lda (SAOV), a Quinta do Pouchão detém 50 hectares de vinha, composta pelas castas touriga nacional, fernão pires, alicante bouchet, trincadeira e cabernet.