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01 SET 2007
QUINTA DA MARGALHA: LANÇA NOVO VINHO
Por SÓNIA PACHECO

 

A Quinta da Margalha lança este ano o “Pausa”, um vinho de 2005, já galardoado. Construir uma adega, entrar na Rota dos Vinhos do Alentejo e promover o viniturismo são os projectos futuros.

 

A Quinta da Margalha, em Gavião, lança, este ano, o “Pausa”, um vinho de 2005 que já foi galardoado com uma medalha de ouro e outra de prata, no Wine Masters Challenge, e com duas de bronze, no Challenge du Vin e num concurso de Bordéus. “Mas o melhor prémio que tivemos até agora tem sido a população local, que tem aderido bastante bem ao vinho”, afirma Rui Coutinho, gerente da quinta, desde 2001.

A vinha foi reconvertida em 2002 e a área aumentada. Hoje, são 8,6 hectares onde predomina a touriga nacional, para além das castas tintas barroca, tinto cão, syrah, aragonez e petit verdot. “Temos muita atenção sobre a produção da uva a nível de tratamentos, das doenças da vinha e até das infestantes, tentando, inclusivamente, mantê-la bonita e fácil de manejar”, explica Rui Coutinho.

Durante a vindima, decidem-se, praticamente, os lotes a produzir, tendo em conta a uva, a acidez e a cor. Na altura da fermentação, as castas fermentam separadamente, sendo, depois, misturadas. Na quinta ainda não se produziu nenhum vinho monocasta.

O “Margalha” é um vinho mais novo composto por aragonez e syrah. “É fácil de beber, sem muita acidez, com boa cor, mas sem ser muito encorpado”, esclarece Rui Coutinho. “O “Pausa” é mais ácido, mais encorpado, com mais sabor a madeira que obriga a uma refeição mais pesada”. É o topo de gama que estagia em madeira, combinando as castas touriga nacional, tinta barroca e petit verdot. Para a variedade “Pausa Reserva” há ainda um maior controlo na apanha da uva. A Quinta da Margalha comercializa também, em bag in box de cinco litros, a marca Ilex referente ao nome da fir ma “Ilex Vinhos”.

Anualmente, produzem-se 60 a 70 mil quilos de uva, o que corresponde a cerca de 60 mil garrafas. Quanto ao mercado, o “Margalha” é, maioritariamente, vendido a nível local. Já o “Pausa”, para além da venda directa, é também dirigido à restauração ou às garrafeiras. Os preços variam entre os três euros para o “Margalha”, quatro euros para o “Pausa”, oito a dez euros para o “Pausa Reserva” e 7,5 euros o bag in box.

“O mercado global do vinho mete-me medo”, confessa Rui Coutinho. “Há excesso de vinho no mundo e a gama que queremos lançar, o “Pausa”, vai entrar em guerra com bastantes marcas de grande qualidade e com o mesmo preço”. Mas “o vinho regional não me assusta tanto, se conseguirmos manter a mesma qualidade e o preço”. No entanto, “vamos tentar o mercado de exportação”.

Para além de expandir a produção, pretende-se também construir uma adega própria, “tentando consolidar sinergias com a Quinta da Fonte dos Garfos”, situada nas proximidades. Rui Coutinho manifesta ainda o desejo de a Quinta da Margalha entrar na Rota dos Vinhos do Alentejo. No entanto, considera que esta zona “merecia uma nova região vitivinícola” já que apresenta uma humidade totalmente diferente do Baixo Alentejo e um solo que não é Beiras nem é Alentejo, “é um misto”.

Na Quinta da Margalha, que desenvolve também outras actividades como a pecuária e a floresta, existe ainda um Museu com Carros de Cavalos, datados desde 1800 até ao século passado. Mas “não tem condições para estar aberto ao público”. Rui Coutinho que defende o viniturismo afirma que “tem de haver uma ligação entre o vinho, o turismo, a caça e a agricultura”. 

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