Onze concelhos. Pouco mais de quatro mil empresas. Na área de influência do jornal Abarca, o comércio e a construção representam 37% do tecido empresarial. Em cinco anos, o número de empresas decresceu 57,5% e 2012 já conta com pelo menos 26 pedidos de insolvência
O comércio e a construção são os sectores dominantes e a esmagadora maioria tem menos de 10 pessoas ao serviço. Em cinco anos, o número de empresas na área de influência do jornal Abarca decresceu 57,5%, menos 1,6 empresas por quilómetro quadrado.
Cruzando os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) realativamente a 2007 com a informação disponibilizada actualmente pela Coface, verifica-se que, nos últimos cinco anos se perderam 5491 empresas. No topo da lista dos concelhos que mais contribuiram para este decréscimo, surgem Abrantes (-1719), Entroncamento (-1142) e Ponte de Sor (-845). Com menos de meio milhar de empresas perdidas estão Vila Nova da Barquinha (-399), Chamusca (-289), Golegã (-270), Mação (-266), Sardoal (-159), Vila de Rei (-151), Constância (-135) e Gavião (-116).
Embora representem 98,2% do tecido empresarial da região, as empresas com menos de 10 funcionários foram as que sofreram uma maior redução relativamente a 2007, menos 59,1%. Consequentemente, as restantes tipologias aumentaram a sua percentagem de representação, apesar de, na realidade apenas ter aumentado o número de empresas com mais 50 pessoas. Feitas as contas, 2012 conta com mais sete empresas no escalão 50 a 249 pessoas e com mais uma no escalão mais de 250 pessoas.
Abrantes (31%), Entroncamento (15,4%) e Ponte de Sor (12,1%) detêm 58,5% das empresas da área de influência do jornal Abarca. Seguem-se Chamusca (11,3%), Mação (7,7%), Sardoal (4,3%), Vila Nova da Barquinha (4%), Golegã (4%), Vila de Rei (3,6%), Gavião (3,5%) e Constância (3%). Comparativamente a 2007, destaca-se Sardoal que subiu dois lugares na representatividade da região e Chamusca que, mantendo a posição, obteve a maior subida percentual.
Na região, a densidade empresarial é de 1,2 empresas por quilómetro quadrado. Há cinco anos registava 2,7. Os três concelhos de menor área são os que apresentam maior densidade empresarial. Entroncamento (45,7), Vila Nova da Barquinha (3,3) e Golegã (2,1) mantêm a posição de 2007. Também Gavião (0,5) continua a ocupar o último lugar da lista, embora seja o quinto maior concelho em termos de área. Refira-se que em 2007, o Entroncamento registava 129,1 empresas por quilómetro quadrado, Vila Nova da Barquinha contava com 11,4, Golegã detinha 5,7 e Gavião apenas 0,9.
Sectores dominantes
O comércio (25,4%), a construção (11,2%), as indústrias transformadoras (8,9%), a agricultura e floresta (8,2%), o alojamento e restauração (7,6%) e os transportes de pessoas e mercadorias (4,4%) representam 65,7% das 4053 empresas da área de influência do jornal Abarca.
De acordo com os dados da Coface, no total da região, Abrantes, justificado pelo maior número de empresas, é o concelho com maior percentagem no comércio (8,5%), construção (3,8%), indústrias transformadoras (2,3%), alojamento e restauração (2,5%) e transportes (1,4%). No sector da agricultura e floresta é a Chamusca que detém o maior peso com 2,4% das empresas da região.
Concelho a concelho, o comércio ocupa o primeiro lugar no Entroncamento (33,1%), Ponte de Sor (28,3%), Abrantes (27,4%), Vila Nova da Barquinha (26,2%), Golegã (23,2%), Gavião (22,4%), Mação (22%) e Vila de Rei (19,3%). O sector da agricultura e floresta representa 21,1% das empresas da Chamusca, a construção detém 20% em Sardoal e o alojamento e restauração tem um peso de 14% em Constância. A maior representatividade das indústrias transformadoras ocupa a segunda posição em Mação traduzindo-se em 16,9% das empresas deste concelho. Quanto aos transportes são o quarto sector em Vila de Rei (9%).
Saldo negativo, pelo menos, em 2011
Na região, o ano de 2011 apresenta um saldo negativo de 461 sociedades, tendo sido constituídas 423 e dissolvidas 884. Concelho a concelho, as excepções verificam-se apenas em Abrantes, Constância e Entroncamento. Refira-se que os dados disponibilizados pelo INE contabilizam apenas sociedades, não contemplando os empresários em nome individual.
Em Abrantes foram constituídas 109 sociedades o que representa 25,8% das empresas criadas na região. Seguem-se Sardoal com 80 (18,9%), Chamusca com 41 (9,7%), Vila Nova da Barquinha com 40 (9,5%), Gavião com 39 (9,2%), Entroncamento com 38 (9%), Ponte de Sor com 22 (5,2%), Constância com 21 (5%) e Vila de Rei com 17 (4%). Os concelhos onde se constituiram menos sociedades foram Mação (5) e Golegã (11).
Relativamente às sociedades dissolvidas, o maior número regista-se em Sardoal (184) que representa 20,8% das empresas dissolvidas na região. Ainda acima de uma centena estão Ponte de Sor com 130 (14,5%) e Golegã com 126 (14,3%). Seguem-se Abrantes com 93 (10,5%), Chamusca com 87 (9,8%), Gavião com 81 (9,2%) e Vila Nova da Barquinha com 78 (8,8%). Com menos de meia centena de sociedades dissolvidas surgem Entroncamento e Vila de Rei, ambos com 31 (3,5%), Mação com 29 (3,3%) e Constância com 14 (1,6%).
Avaliando a situação por semestre, denota-se que foi a partir de Julho que mais empresas foram constituídas assim como mais empresas foram dissolvidas. As maiores disparidades encontram-se em Sardoal, onde, no segundo semestre, foram constituídas mais 66 sociedades e dissolvidas mais 112 e em Abrantes que no primeiro semestre contava apenas com uma sociedade dissolvida e no segundo semestre registou 92.
Ponte de Sor foge à regra, tendo sido constituídas menos 18 sociedades e dissolvidas menos 116 no segundo semestre de 2011. Ainda no campo das excepções, no Entroncamento também se registaram menos oito sociedades constituídas e relativamente às sociedades dissolvidas, o segundo semestre de 2011, conta com menos 110 em Golegã, menos 19 em Mação e menos 17 em Vila de Rei.
Já em 2012, os dados disponibilizados pelos tribunais de Abrantes, Entroncamento, Golegã, Mação e Ponte de Sor demonstram que, de Janeiro a Março, deram entrada 26 pedidos de insolvência de empresas sediadas em Abrantes (10), Entroncamento (7), Sardoal (2), Vila Nova da Barquinha (2), Chamusca (2), Gavião (1), Mação (1) e Ponte de Sor (1). Os sectores afectados são as indústrias transformadoras e a construção, cada um com oito pedidos de insolvência, o comércio com quatro, os transportes com três, a restauração com dois e os serviços com um.
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