Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), estão ameaçados de encerramento 9 dos 21 serviços de finanças existentes no distrito de Santarém.
O Sindicato chegou a esta conclusão conjugando o Despacho 50/2013 do Director Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, que faz o confronto entre os trabalhadores existentes e os necessários em cada serviço, com o objectivo acordado com a troika, de encerrar 50% dos serviços até Junho de 2014.
A concretização desta vaga de encerramentos, no distrito de Santarém deixará sem Serviço de Finanças os concelhos de Alpiarça, Chamusca, Constância, Coruche, Ferreira do Zêzere, Golegã, Mação, Rio Maior e Sardoal.
Em comunicado, o Bloco de Esquerda "repudia mais este ataque aos serviços públicos no nosso distrito. Em nome de critérios puramente economicistas, o governo não hesita em abandonar populações e tornar mais difíceis as suas vidas".
O BE refere que "o governo encerra extensões de centros de saúde e deixa localidades populosas sem médicos de família; impõe portagens na A23, tornando as deslocações mais caras; mantém as urgências hospitalares desfalcadas de pessoal; aumenta preços dos transportes públicos, onde eles ainda existem; subfinancia corpos de bombeiros e de protecção civil. Ou seja: para pagar juros extorsionários por conta da dívida externa, o governo tira a dobrar o dinheiro dos bolsos de quem trabalha ou já trabalhou. Por um lado corta salários e reformas, por outro vai liquidando serviços públicos essenciais. Agora, para cúmulo, nem para receber o dinheiro dos impostos o governo mantem serviços próximos das pessoas. É o desrespeito total".
Os Bloquistas assumem-se "frontalmente contra o encerramento de Serviços de Finanças, no distrito de Santarém" e demonstram a sua solidariedade "com os trabalhadores dos Serviços de Finanças na defesa dos seus postos de trabalho".