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05 DEZ 2013
"Vamos ajudar o Cleto"
Por Jornal Abarca

Anacleto Nunes, conhecido por Cleto, tem 41 anos, vive no Carvalhal, concelho de Abrantes, e sofre de Glioblastoma Multiforme desde 2010. Depois de várias lutas, conta agora com a solidariedade de todos para pode fazer tratamentos com células dendríticas na Alemanha.

Sandra Frade, prima de Cleto, criou uma página no facebook (Vamos ajudar o Cleto), produziu um vídeo onde conta a história de Cleto desde que nasceu até ao momento em que lhe foi diagnosticado o tumor no cérebro (http://www.youtube.com/watch?v=9h4dFoxZdLI&feature=youtu.be) e deixa o seu testemunho:

O Cleto nasceu a 9 de Junho de 1972, na aldeia de Carril (pertence ao Concelho de Abrantes), filho de Maria Manuela Lopes e António Nunes, onde teve uma infância como todas as outras crianças. Sempre foi uma criança saudável e amado por todos. Com o tempo foi crescendo e tornando-se num menino muito bonito e educado. Na escola era bom aluno, e já em adulto completou o 12º ano de escolaridade.

Desde muito novo mostrou ser um bom trabalhador. Em pequeno, talvez com 11 ou 12 anos, já ajudava os pais a ir buscar água à fonte, uma vez que ainda não havia água canalizada nesta altura. Sempre ajudou muito os pais e as irmãs, e mesmo já depois de adulto, sempre que saía do trabalho, ia ao encontro dos pais na horta para os ajudar, tendo sido sempre o “braço direito dos pais”.

Com o passar dos anos, tornou-se num belo rapaz. Educado, amigo de toda a gente e, acima de tudo, um grande trabalhador, tendo começado desde muito novo a trabalhar com o pai na construção civil, até ao momento que lhe foi diagnosticado o Glioblastoma Multiforme em Fevereiro de 2010, altura em que foi submetido a uma cirurgia de urgência no Hospital de Santa Maria em Lisboa, a qual correu bem, tendo-se seguido três anos de tratamentos de quimioterapia e radioterapia.

Durante todo este tempo foi uma pessoa lutadora e corajosa que nunca baixou os braços à doença. Mesmo já com algumas limitações a nível da memória, tentou sempre trabalhar. Para ele, estar em casa era muito aborrecido, uma vez que sempre foi uma pessoa muito activa. Quando não estava nas obras a trabalhar, estava nas hortas a ajudar os pais.

Em Maio de 2013 recebeu inesperadamente a notícia de que, no lado oposto (na parte frontal esquerda do cérebro) o glioblastoma tinha começado a crescer. Seguiram-se exames cujos resultados foram positivos para fazer a operação. O Cleto foi novamente operado no dia 29 de Julho no mesmo Hospital. Mas desta vez ficou com sequelas mais graves, ao ponto de não ter mais voltado a trabalhar.

Neste momento está dependente da ajuda da mulher, Carla, para o ajudar em quase tudo, não podendo ficar sozinho em casa. Depois desta cirurgia, ele ficou muito parado, ficou com a memória mais afectada, e chegou mesmo a andar ainda de cadeira de rodas, uma vez que o equilíbrio também foi afectado. Mas ele não desiste, e tem aos poucos conseguido ultrapassar alguns obstáculos.

Antes da cirurgia a luta contra a doença ganhou outra força. Lutando pela vida, Cleto interessou-se e pediu informações sobre os tratamentos realizados na Alemanha (tratamentos com células dendríticas). A resposta da clínica foi favorável, dizendo que há condições para que os tratamentos corram bem. Mas, como os tratamentos são muito caros, Cleto precisa da nossa ajuda...

A população uniu-se e gerou-se uma enorme onda de solidariedade. Já se organizaram quatro festas de solidariedade, já se venderam rifas, já se criou uma conta bancária para quem quiser ajudar monetariamente de forma anónima, mas mesmo assim o meu primo ainda não conseguiu o dinheiro (cerca de 50 mil euros) para ir à Alemanha fazer este tratamento. Neste momento ainda falta mais de 50% do valor estimado para poder ir fazer estes tratamentos na Alemanha.

Não vamos desistir de tentar ajudar o meu primo, pois "até que há vida, há esperança".

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