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05 JUL 2013
Politécnico de Portalegre oferece Licenciatura única no país em Tecnologias de Produção de Biocombustíveis
Por Jornal Abarca

A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) acaba de aprovar o curso de 1.º ciclo – Licenciatura - em Tecnologias de Produção de Biocombustíveis que vai ser ministrado pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), contando com a colaboração de alguns docentes da Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE) do mesmo IPP. 

Esta Licenciatura, única e totalmente inovadora no panorama nacional, irá funcionar já no próximo ano letivo 2013/2014, com o arranque das aulas previsto para 23 de setembro, constitui uma das principais novidades na oferta formativa do IPP.

O curso visa formar quadros com competências que vão das áreas de tecnologias de produção agrícolas e de gestão de resíduos agrários e industriais até as de tecnologias industriais de produção de biocombustíveis e outros produtos químicos numa lógica de biorrefinação.

Pretende-se que os graduados por este curso venham a trabalhar em unidades de produção agrícolas, por exemplo, no desenvolvimento de culturas energéticas ou no reaproveitamento de resíduos agro-industriais para a obtenção de energia, ou ainda em unidades industriais de pequena e média dimensão no design e operação de dispositivos ou esquemas industriais para produção de biocombustíveis sólidos, líquidos ou gasosos e outros subprodutos, a partir de culturas agrícolas dedicadas ou de resíduos agrários e industriais. 

Numa região com um forte pendor agro-industrial, como é o caso da região de Portalegre, e com um enorme potencial de crescimento na área das bioenergias que lhe é reconhecido por todos especialistas, um curso desta natureza e os quadros que dele sairão poderão ajudar na concretização de novas iniciativas, bem como na atração de investidores neste campo, em plena expansão no país e um pouco por todo o mundo.

O curso de Tecnologias de Produção de Biocombustíveis é o terceiro curso do IPP no âmbito das energias renováveis, depois da licenciatura em Engenharia das Energias Renováveis e Ambiente, um dos primeiros no país, e o mestrado em Tecnologias de Valorização Ambiental e Produção de Energias, o único de 2.º ciclo (Mestrado) em Portugal exclusivamente dedicado às energias alternativas. Este leque de cursos faz parte de uma estratégia mais global da ESTG e do Instituto e de outras entidades regionais, tais como a Comissão de Coordenação do Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA) e a Agência para Energia do Norte Alentejo (Areanatejo), com as quais o IPP colabora estreitamente, e que visa afirmar Portalegre como um dos principais centros das energias renováveis em Portugal. Enquadram-se nesta estratégia a participação em projetos transfronteiriços de estudo da implementação de energias alternativas, como os ALTERCEXA, em que participam instituições de ensino superior, autárquicas e empresariais da Extremadura espanhola e de Portugal e a organização, desde há mais de uma década, do International Congress on Energy, Environment Engineering and Management, organizado em conjunto com a Universidad de Extremadura, em Espanha, e cuja 5ª edição terá lugar em Lisboa de 17 a 19 de Julho, do International Congress on Water, Wastes and Energy Management, em colaboração com as Universidades de Extrematura e de Salamanca, Espanha, e mais recentemente do congresso Bioenergia Portugal, organizado em conjunto com a Areanatejo, que teve lugar em Portalegre, em Junho deste ano, congressos esses que têm sido participados por centenas de especialistas da área das energias renováveis, provenientes de dezenas países, do continente europeu, da América do Sul e não só.

Parte integrante dessa estratégia foi a implantação na zona industrial de Portalegre de uma Central piloto de gaseificação térmica de biomassas, com capacidade de processamento de 100 kg/h, e, mais proximamente, de uma incubadora de empresas de base tecnológica na área das bioenergias, no próprio campus da ESTG, que visa dar apoio quer a uma formação eminentemente prática nos referidos cursos, quer à investigação em curso na Escola e, desejavelmente, ao estudo de viabilidade de projetos industriais de aproveitamento de resíduos para fins energéticos, entre outros, propostos por empresários locais, nacionais ou internacionais, como foi o caso já concretizado do estudo da viabilidade da utilização de miscanthus para a EDF (Electricité de France) para obtenção de combustíveis gasosos. 

Para além dos equipamentos piloto para a produção e armazenamento de biocombustíveis, como electrolizadores, reatores de digestão de biomassas, entre outros, a implementação prática deste novo ciclo de estudos em Tecnologias de Produção de Biocombustíveis conta com dispositivos laboratoriais e campos de experimentação tanto na ESTG como na ESAE, bem como com um corpo docente constituído na totalidade por doutorados ou mestres com grau de especialistas, com experiência de lecionação, investigação e experiência na área das bioenergias, das energias renováveis, ambiente e noutras disciplinas afins.

Para intensificar o aspeto prático da formação e facilitar a integração dos futuros licenciados no mercado laboral, para além do elevado número de horas dedicadas às práticas laboratoriais e trabalhos de campo contempladas no plano de estudos, tal como acontece nos restantes cursos de Engenharia do IPP, existe em cada um dos semestre letivos, uma unidade curricular, designada de Unidade de Transferência, em que se promove a integração e aplicação dos conhecimentos adquiridos em todas unidades curriculares e através da qual os alunos têm acesso a estágios em empresas e em instituições de investigação e desenvolvimento. Entre as empresas e instituições que se mostraram disponíveis para aceitar estagiários deste curso destacam-se a GALP, a Areanatejo, a Unidade de Tecnologias de Conversão e Armazenamento de Energia do LNEG, entre outras.

Mais informações e esclarecimentos sobre o curso e o seu plano de estudos, poderão ser obtidas através da página de internet da ESTG, em www.estgp.pt, ou solicitadas através do endereço estg@estgp.pt ou do telefone 245 300 222.
 

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