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06 DEZ 2013
Golegã: Museu Municipal da Máquina de Escrever
Por Jornal Abarca

O Museu Municipal da Máquina de Escrever está integrado na Rede de Museus da Câmara Municipal da Golegã e instalado no edifício da Biblioteca Municipal da Golegã.

A coleção, constituída por mais de 300 máquinas de escrever, é variada e inclui exemplares fabricados em todo o mundo, entre o final do séc. XIX, nas décadas de 80 e 90, e durante quase todo o século XX, até às décadas de 1960 e 1970. O objetivo deste Museu é dar a conhecer esta coleção composta por máquinas produzidas por diversos fabricantes, abrangendo os séculos XIX e XX, a partir de países como Estados Unidos, Japão, Alemanha, Suíça, Itália, Portugal, Inglaterra, Suécia, França, Rússia, Eslovénia, Áustria, entre outros.

A coleção contém pelo menos uma máquina de escrever de cada década, desde 1880, e permite fazer uma leitura da evolução tecnológica e de fabrico como expressões de valorização do património industrial, ao nível dos bens de produção, de consumo e do produto final em Portugal e no mundo.

Para além das máquinas, a coleção inclui ainda um acervo documental de grande interesse, composto por postais, livros de instruções e manuais de utilização, cartazes de propaganda, faturas, livros de apoio ao consumidor, para além de um vasto espólio de acessórios utilizados na manutenção e funcionamento das máquinas, como fitas, bobines, pincéis, caixas de papel químico, tintas, óleos de limpeza, borrachas e outros.

A máquina de escrever a nível do avanço das tecnologias de fabrico, de inovação, comercialização e concorrência, é uma expressão da modernização técnica e tecnológica e um marco incontornável da história da tecnologia da humanidade.

 

A Máquina de Escrever

Apenas nos últimos anos do séc. XIX, a utilização das máquinas de escrever (através das máquinas Remington) se começou a generalizar, a par da entrada no mercado de marcas como a Underwood, a Smith Corona, a Hammond, entre outras, que podem ser vistas neste Museu.

A máquina de escrever tornou-se indispensável no mundo dos negócios e surgiu como um instrumento das novas oportunidades de emprego, sobretudo da emancipação da mulher no mercado de trabalho. Com um maior acesso à escolaridade, assistiu-se à criação de profissões femininas socialmente consideradas, em que o curso de datilografia [do grego “dactilo” = dedo e “grafia” =escrita] isto é, a ciência e arte de digitar textos com os dedos através de um teclado, era ministrado para o uso das máquinas de escrever.

A configuração mecânica e o aspeto formal definitivo da máquina de escrever portátil, que tornou viável o seu uso em qualquer lugar, veio pela Standard, em 1907. Diversos modelos de diferentes fabricantes, pelo mundo, foram criados e desenvolvidos objetos de design – ícones dos anos 60 do séc. XX - principalmente italianos e americanos.

Hoje (2013) com mais de 200 anos, e quase desconhecida dos mais jovens, a máquina de escrever transformou-se em peça de antiquários e objeto de Museu, sendo abril de 2011, a data que simboliza a finalização da sua produção, com o encerramento da multinacional Godrej & Boyce com sede em Bombaim (Índia).

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