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21 MAR 2015
Mação no centro do mundo durante 10 dias
Por Jornal Abarca

Arrancou na quinta-feira, 19 de março, em Mação, o Seminário Intensivo “Gestão Integrada do Território Cultural para a Sustentabilidade Local e Global”. Durante 10 dias, de 19 a 28 de março, mais de meia centena de estudantes e cerca de 30 docentes, entre outros investigadores e especialistas, de 20 nacionalidades e várias áreas de formação vão estar em Mação para discutir a temática. Ao todo, oito universidades internacionais estarão também representadas.

O primeiro dia de trabalhos foi marcado pela apresentação do Médio Tejo, por Miguel Pombeiro, secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo que, na sua intervenção inicial, destacou o trabalho desenvolvido na região e, a este nível, com maior expressão em Mação.

Foi o ponto de partida e a base de trabalho para a realização de um workshop sobre o Médio Tejo, onde todos participaram e de onde sairam contributos para as políticas estratégicas de desenvolvimento desta região.

Refira-se que um dos objectivos deste Seminário passa por envolver especialistas de diversas áreas, não se cingindo apenas a profissionais da arqueologia e ciências sociais, por forma a perceber melhor de que forma se pode intervir eficazmente num território, neste caso no Médio Tejo. “Temos de ter a capacidade e sermos bons para entender a relevância das outras áreas e não nos centrarmos só nas nossas”, referiu Luiz Oosterbeek, Director Científico do Museu de Mação, na sessão de abertura do Seminário, fazendo um resumo de como serão estes 10 dias intensivos de trabalho, salientando que este é “um trabalho de grupo. É o conceito deste Seminário” para identificar os problemas e encontrar soluções.

Como tal, para além da arqueologia, estão presentes estudantes, investigadores e especialistas das áreas da antropologia, etnografia, gestão do património, geografia, geologia, urbanismo, arquitectura, planeamento, engenharia ambiental, economia, finanças e comunicação.

Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal de Mação, também presente na sessão de boas-vindas, falou na importância deste Seminário para Mação e sobre o importante trabalho desenvolvido pelo Instituto Terra e Memória e Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo. “ É uma honra para Mação receber este Seminário. E é uma honra porque é uma vez mais a prova e reconhecimento do trabalho que aqui tem vindo a ser feito há já vários anos e toda a competência demonstrada pela equipa do Dr. Oosterbeek. É de salientar a importância que este projecto tem para Mação, para a Região e para o País. Temos de pensar maior e, para começar, temos de pensar à escala da região”.

 Destaque nestes 10 dias de discussão e reflexão para a presença de uma delegação chinesa, composta por elementos do governo chinês e membros da Academia Chinesa de Ciências Sociais, no dia 27 de março. Uma presença que marcará o primeiro programa de colaboração entre Portugal e a China, no âmbito das Humanidades, através do Instituto Terra e Memória, e do qual poderão sair, neste contexto, importantes reflexões e decisões de âmbito internacional. Aliás, este Seminário será um espaço de discussão entre profissionais e colegas para criação de redes de trabalho e interessantes parcerias entre Portugal, Ásia e América Latina.

O Seminário não se cingirá ao Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, em Mação. Também será fora de portas, incluindo vários workshops, aulas de campo em Mação e visitas de estudo.

O Seminário Intensivo “Gestão Integrada do Território Cultural para a Sustentabilidade Local e Global” realiza-se no âmbito do Apheleia, um projecto que resulta da parceria de 18 entidades entre elas o Instituto Politécnico de Tomar, o Instituto Terra e Memória, a Comunidade Internacional do Médio Tejo o Município de Mação, o Centro de Geociências da Universidade de Coimbra e instituições internacionais.

 

Recriar Modelos Económicos

O segundo dia do Seminário Intensivo “Gestão Integrada do Território Cultural para a Sustentabilidade Local e Global” foi dedicado à temática “Antropologia, Arqueologia e Economia”. O último painel da manhã foi dedicado à relação entre “Cultura Local e Mercado Global”. Sofia Santos referiu ser necessário, de uma vez por todas, “incluir o futuro nas decisões de hoje”. Tem que se atribuir valor à cultura local. Disse ainda que só haverá uma relação e só poderemos conversar sobre cultura local e mercado global quando ensinarmos quem decide sobre novas teorias económicas e novas teorias de gestão.

Uma jovem da Guatemala referiu o exemplo local de uma localidade da Guatemala que produzia um chocolate de excelente qualidade e que, de repente, o Mundo descobriu. Hoje, aquele produto local que existiu toda a vida ali vai para todo o Mundo o que trouxe grandes melhorias económicas localmente, além de que é um produto sustentável feito com cacau local. A oradora agradeceu o exemplo referindo que representa o caminho a seguir. 

Hoje, sábado, 21 de março, está em destaque o tema “Herança, Recursos Naturais e Empreendedorismo”.

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