Svetlana Aleksievitch é a escritora do mês na Biblioteca Municipal Alexandre O’Neill, em Constância.
Nascida em Minsk, na Bielorrússia, em maio de 1948, Svetlana tem livros traduzidos em 22 línguas e alguns foram já adaptados a peças de teatro e documentários. Considerada uma das autoras mais prestigiadas a escrever sobre a URSS, os seus trabalhos têm recebido uma enorme aceitação por parte da crítica, tendo sido galardoados com importantes prémios internacionais, entre eles e o mais importante o Prémio Nobel da Literatura, em 2015, "pela sua escrita polifónica, monumento ao sofrimento e à coragem na nossa época".
Filha de dois professores, sendo o pai bielorrusso e a mãe ucraniana, Svetlana Aleksievitch nasceu em Stanislav, hoje Ivano-Frankivsk, na Ucrânia, mas cresceu na Bielorrússia. Estudou jornalismo na Universidade de Minsk a partir de 1967 e depois de completar o curso mudou-se para Beresa, na província de Brest, para trabalhar no jornal e escola locais. Durante esse tempo debateu-se entre a tradição familiar de trabalhar no ensino e no jornalismo. Trabalhou depois como repórter na imprensa local de Narowla, no voblast de Homiel.
A sua obra é uma crónica pessoal da história dos homens e mulheres soviéticos e pós-soviéticos, a quem entrevistou para as suas narrativas durante os momentos mais dramáticos da história do seu país, como por exemplo a Segunda Guerra Mundial, a Guerra do Afeganistão, a queda da União Soviética e o desastre de Chernobyl. Abandonou a Bielorrússia em 2000 e viveu em Paris, Gotemburgo e Berlim. Em 2011 voltou a Minsk.
Vários livros seus têm sido publicados na Europa, Estados Unidos, China, Vietname e Índia. Desde 1996 tem recebido numerosos prémios internacionais, como o polaco Ryszard-Kapu%u015Bci%u0144ski em 1996, o Prémio Herder em 1999 e o Prémio da Paz dos Editores Alemães (2013), entre outros. Aleksievitch recebeu, entre outras distinções, o Erich Maria Remarque Peace Prize, em 2001, e o National Book Critics Circle Award, em 2006.