“A Pintura de uma Vida” é o tema do encontro com Sam Abercromby, dia 21, às 18h30, no Centro de Estudos de Arte Contemporânea de Vila Nova da Barquinha
"Trazendo na mente os velhos mestres, Sam Abercromby vagueia na tela entre tons, sons e a infernal religiosidade da mãe Terra enquanto criação e criadora de vida. Sam viajou pelo mundo, bebeu a seiva da arte e hoje brota para o futuro, memórias sentidas e compreendidas do “belo” que mãos humanas podem recriar."
Sam Abercromby nasceu na Austrália em 1947 a 10 de Junho (dia de Portugal). Talvez por isso, e depois de correr mundo, a paixão pelo nosso país radicou-o, em 1986, na aldeia de Vila do Paço (Torres Novas), onde mora e tem atelier.
Sempre sentiu um apelo muito especial pelas artes. Para além da pintura, imaginou ser pianista, um sonho antes de abraçar em definitivo as artes, frequentando o Western Australian Institute.
Sente Portugal como a sua casa. Da sua terra natal relembra os amigos, o reconhecimento do seu trabalho e a memória de ter exposto nas melhores galerias do País.
Por cá a sua carreira tem sido pautada com sucesso, mas maior tem sido o seu poder criativo, originando fases diversas dentro de um todo que é a sua pintura, uma mística quase “religiosa”. Quando questionado acerca do seu processo criativo, Sam diz, um pouco a brincar: “Tal como eu não quero saber todos os pormenores íntimos de uma namorada, também não quero quebrar a magia acerca dessa misteriosa Dama que é para mim a pintura”.