Parece parte do guião de um filme hollywoodesco mas, entre tantas peripécias já ocorridas, esta ganha lugar de destaque: o computador que contém os resultados das análises feitas às descargas da Celtejo foi roubado.
O computador, na posse de um inspector da IGAMAOT (Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território), foi roubado no dia 3 de Fevereiro do carro do homem enquanto este jantava no restaurante “Pedro dos Leitões”, na Mealhada.
Segundo o jornal Expresso, “as autoridades descartaram a hipótese de tentativa de boicote à investigação” assumindo que esta será apenas uma coincidência resultante de “mais um assalto, como muitos outros que acontecem naquele local”.
As câmaras de vigilância do estabelecimento permitiram esclarecer que o assalto ocorreu em duas fases distintas separadas por vinte minutos. Numa primeira investida os ladrões acercaram-se da viatura com o intuito de ver o que esta continha; mais tarde voltaram para roubar o conteúdo da mesma.
No entanto, coincidência ou boicote à investigação, o efeito acaba por ser nulo pois a informação sobre as análises à Celtejo tinha sido descarregada dois dias antes na sede da IGAMAOT, em Lisboa. Estas análises permitirão esclarecer se houve ou não uma descarga excessiva pela Celtejo no rio Tejo.
Curiosamente, há cerca de um ano, também numa paragem para comer leitão, a viatura oficial em que seguia o secretário de Estado do Ambiente foi alvo de furto. Na altura, Carlos Martins lamentou terem-lhe roubado “todo o trabalho de uma vida” que incluía a tese de doutoramento e mais de 40 mil fotografias e apresentações em powerpoint.