Chegou a Tomar de camioneta e uma banda filarmónica tocava uma marcha. Mas porque é que há aqui uma festa para mim? Erao dia de Portugal, mas também data de aniversário do pintor. Admite que o episódio serviu para confirmar que “estava no caminho certo”. Comprou uma Vespa e percorreu todas as estradas e caminhos à procura da casa que “vira” no seu sonho quase nos antípodas do mundo.
Nasceu e cresceu os primeiros anos da infância numa pequena aldeia, se é que aquele agregado de casas merecia esse nome, do oeste da Austrália. Lembra-se de pouco, quase nada, do que lá viveu. Recorda-se de que para brincar tinha as cobras e os lagartos. A mãe tinha medo dessas brincadeiras, ele não. “Não tinha medo desses bichos. A minha mãe tinha. As mães são assim…” Por vezes também brincava com crianças aborígenes. Sem problemas. (...)
“Eu tenho algo para dizer e vou utilizar as técnicas que aprendi durante muitos anos para me exprimir. O resto não me interessa. Eu sinto-me além das catalogações”, garante. Quanto a considerar-se australiano, europeu, grego ou já português, o pintor reflete num período de tempo, e começa lentamente a abanar a cabeça com uma negativa. “Não, não, não… Sou artista e sou Sam, não sei ser de outra maneira”."
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