A mudança de quatro em quatro anos de farol, extensiva em muitos casos à família, é uma contrariedade óbvia, a par do isolamento social de muitos, o afastamento de serviços públicos e a ausência de escolas no local.
O farol é uma fonte de metáforas onde os escritores gostam de pousar pensamentos e povoar as penumbras com luzes, a incerteza com esperanças, a noite com um sol-posto ou um amanhecer que se acende por cima de uma torre na arriba. Pode ser também uma quimera poética para a vida, um amor que parecia sem caminho e que de repente ilumina uma vida, uma luz que brilha quando tudo parece escuridão, uma palavra de paz num mar inquieto de ilusões. (...)
De quatro em quatro anos, a família acompanha o faroleiro na mudança de pouso. Desde 2004 faroleiro é ofício que também se conjuga no feminino, atualmente há cinco mulheres, duas nos Açores e três na DF de Paço de Arcos. Quanto à norma da mudança quadrienal de assento, poderá causar instabilidade familiar e profissional, mas são os imperativos democráticos da igualdade que fundamentam a rotação.
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