Ser-se a favor de espetáculos tauromáquicos ou ser a favor da sua pura proibição não é sobreponível a geografias políticas no espetro das ideologias doutrinárias na Assembleia da República (AR). Ser de esquerda ou de direita não significa por si só que se é contra ou a favor da utilização de touros em espetáculos públicos.
A festa dos touros é a relação dos homens com o gado selvagem, mas é também atualmente um dos temas de fratura da sociedade portuguesa. E, enquanto este verão vão decorrendo por todo o país muitas manifestações com o gado bravo que enchem as bancadas das praças e as largadas que apinham as ruas de pessoas, com a invariável presença de muitos adeptos da festa do touro e alguns aficionados do protesto, o enfrentamento dos pró e antitaurinos já sobe de tom. (...)
A verdade é que a questão da relação entre o ser humano e o cornúpeto negro não se pode reduzir aos direitos dos animais, que é uma questão real, mas não é única. Envolve, como ficou evidente neste congresso internacional, outras dimensões, como a antropologia, sociologia, ecologia, globalização, turismo, ética, luta e fuga e, sobretudo, muita economia, desenvolvimento e cultura. (...)
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