Infelizmente para o país, o eduquês foi um tumor invasor que chegou aos nossos dias sem dar sinais de hesitação e muito menos de contrição, e isto enquanto o paciente vai dando sinais de já ter entrado em estado pré-comatoso.
Há cerca de duas décadas, o ministro da Educação, Eduardo Marçal Grilo, talvez o último detentor da pasta que verdadeiramente mereceu esse título, terá criado, nas exasperantes reuniões que tinha com os quadros dos seus serviços educativos, um neologismo que, infelizmente, chegou aos dias de hoje, desenvolvendo-se como uma melga negra sem controlo nem limites no raio de ação nem no mal produzido. (...)
O propósito desta espantosa forma de ensinar até enuncia um discurso de nobres princípios e, por serem tão esféricos, quase imunes à crítica, coisas como a escola “centrada no aluno”, onde se deve “aprender a aprender” e onde “o aluno deve descobrir e aprender tudo por si próprio” ou onde tudo é “para compreender, nada é para memorizar”. Mas o que estas crenças líricas, que se destacaram em impor a progressiva retirada de autoridade e de confiança aos professores, conseguiram foi bem pior. Em nome do “aprender a aprender” e de que “nada é para memorizar” esqueceram-se aspetos básicos (como os domínios da tabuada ou dos algoritmos, pois é heresia memorizar e portanto nunca serão aprendidos) e segregou um labirinto de ineficiências onde enraizaram sem dificuldade a ignorância, o laxismo e a indisciplina. (...)
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