O miradouro da Corta de Covas é um lugar emocionante! Está ali, com imponência, uma das maiores paisagens culturais do Portugal Romano e da mineração aurífera da Europa.
A caminhada na Serra da Padrela é feita entre urzes, rosmaninho, pequenos soutos de castanheiros nus num chão ainda húmido pela geada, dourado pelas folhas caídas e matizado pelos mil castanhos que o inverno lhe deu. Há bosquetes de carvalhos de tantas espécies, e a distância faz-se tranquilamente, mas agora o que tínhamos diante de nós era verdadeiramente impressionante. (...)
“A ideia é tornar Tresminas como uma extensão de Las Médulas. E atualmente estamos apenas a aguardar os últimos procedimentos para que Tresminas seja considerado Património Nacional, contando com o apoio da Direção Regional de Cultura do Norte e da Direção-Geral do Património Cultural, e também pela Dirección General de Património Cultural da Junta de Castilla y León”, conta Patrícia Machado, coordenadora do Centro Interpretativo do CMT. (...)
O eventual reconhecimento do territorium de Tresminas, das suas monumentais covas e das galerias, dos poços de ventilação e até das escombreiras existentes, pela UNESCO é um estatuto que lhe dará nobreza e dignidade, mas, em simultâneo, a atração que provocará entre o público consumidor de grandes vultos patrimoniais é naturalmente preocupante. “O turismo de massas assusta-nos”, confessa Patrícia Machado, notando que teria preferência em que fossem os alunos das escolas do país os primeiros a entrar nessa altura naquele fabuloso mundo a que o Império Romano deu grandeza e que inclui sítios extraordinários como aqueles túneis do Pilar, dos Morcegos, do Texugo, dos Alargamentos (porque teve alargamentos em quatro locais para permitir a passagem de carros nos dois sentidos) ou do Buraco Seco, Lavaria, Esteves Pinto (por assim se chamar o seu dono) e a Corta da Ribeirinha, com uma profundidade de 100 metros. (...)
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