Isidoro Morgado reformou-se em 2011 e voltou às origens para dar vida a um sonho. Na Quinta dos Morgados, no Crucifixo, 4000 plantas de maracujároxo justificam o investimento feito.
O sonho de Isidoro Morgado ergueu-se tardiamente, a reboque da reforma e da recusa a entregar-se a uma vida sedentária. O segredo e a motivação são fáceis de encontrar: “Tenho muita fé, dedicação e amor a isto”, assume.
Nascido na Portela, concelho de Constância, há 66 anos, estudou em Tomar e ainda novo foi para Lisboa à procura de uma vida tranquila. Massamá, mais concretamente. Trabalhou a vida inteira como gestor de stock na EMEF e na CP, ligado aos comboios que viu tantas vezes passar ao pé da porta.
Em 2011 reformou-se e decidiu voltar a casa: “Nunca perdi a ligação à terra, vinha cá com regularidade”. (...)
Avançou em Setembro de 2018 para a plantação de 4000 plantas de maracujá-roxo, o género mais comum do fruto. “Há outros tipos de maracujá mas nem sequer se dão muito bem com este clima”, explica. A plantação, quer por semente ou por estaca, foi feita por si e por José João, o seu funcionário. Realça, ainda assim, que estas 4000 mil árvores ocupam apenas 1,5 hectares dos 4 que tem disponíveis.
Contudo, apenas três meses depois sofreu o primeiro revés no seu sonho: “Em Janeiro de 2019, com quatro graus negativos na estufa, fiquei com as plantas todas queimadas”, lamenta. (...)