Em 1920, numa altura em que as filarmónicas proliferavam e eram a extensão da identidade social e operária, nascia a banda filarmónica de Lapas. Completa agora o seu centenário e o trabalho para a terra continua a ser a principal motivação de quem mantém a Sociedade Musical União e Trabalho (SMUT) a dar música.
Tudo começou no verão de 1920 quando uma banda proveniente de Ourém, regida pelo Mestre Branco, foi convidada a organizar a animação musical das festividades da aldeia. No dia seguinte, ao ver os jovens da aldeia a assobiarem as melodias do dia anterior, o Mestre Branco decidiu fundar a banda. (...)
João Nuno Borga Fernandes, 35 anos, natural de Lapas, é presidente da Associação que gere a SMUT desde 2010, e é composta pela banda e pelo rancho folclórico. Neste período “tivemos a preocupação de ressuscitar algumas tradições perdidas” como o desfile de carnaval, marchas populares ou as festas de Setembro. “Não interessa ter uma banda se não for para servir a aldeia”, explica. (...)
Antes de entregarem as chaves, com a perspectiva de ficarem sem casa, João Nuno bateu à porta de Jacinta Trincão para que esta intermediasse as conversas com a Igreja, de forma a que pelo menos pudessem usar o espaço para a sua actividade. A resposta foi surpreendente: “Tenho um espaço ideal para vocês”, ouviram. “Aquilo está tudo a cair, vocês arranjam e fica para a SMUT”, propôs. (...)
Em construção está já o salão de festas, composto por cozinha, zona livre e uma área com palco para actuações várias. A ideia passa por oferecer à terra um espaço que agora não existe na aldeia: “Não há um salão de festas nas Lapas. Quem quiser fazer uma festa, vai poder usar este espaço. Sejam particulares ou associações da terra”, explica. (...)
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