Há muitas formas de identificar Gabriel Fernando Neves. Depende do sítio. Nasceu e vive em Torres Novas, onde será sempre o nadador que passou ao lado de uma promissora carreira, a que junta o bombeiro abnegado e um dos organizadores do Festival da Canção Infantil e Juvenil de Torres Novas – PróCRIT. Três exemplos de uma multiplicidade de actividades e profissões.

Gabriel Neves nasceu em dezembro de 1969 em Torres Novas numa família de parcos recursos. O pai, Angelino Neves, era o chefe da secção de peças da Renault na então vila, e a mãe, Maria Raquel dos Santos cuidava da família e da casa como sabia e podia. “Os meus pais fizeram com que nada nos faltasse. A minha infância foi toda em Torres Novas, e posso dizer que foi feliz, más memórias eu não tenho”, diz Gabriel Neves, recordandose bem da sua extraordinária aptidão para a natação. “Aprendi a nadar sozinho por volta dos sete anos nas piscinas municipais, nadar era a minha distração, ingressei no Clube de Natação de Torres Novas, e os meus resultados nas provas eram bastante bons − ganhava praticamente todas as competições em que participava”, afirma, notando que em certa altura, e dado o seu óbvio talento, recebeu mesmo um convite do Benfica para ingressar no clube. “Eu pensava que ia crescer a nadar…” (...)

Nos bombeiros, fui encontrar valores humanos acima da média. Um soldado da paz deve ser determinado, responsável e ter uma boa formação técnica. ‘Bombeiro que não sabe é bombeiro que não salva’ é uma das nossas divisas, o carácter é muito importante e nele mora também o altruísmo”, assim, sinteticamente, Gabriel Neves define a natureza dos soldados da paz, uma natureza que encontra em si próprio e por diversas vezes foi testada pela realidade ou, se se preferir, pelas ratoeiras que ela prega. A vida em perigo teve algumas vezes, em risco, teve muitas mais. (...)

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