O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, através das deputadas Fabíola Cardoso e Isabel Pires, dirigiu ao Governo sobre a utilização privativa de águas do rio Almonda pela Renova, nomeadamente a limitação criada pela empresa de produção de papel impedindo o acesso livre à nascente do rio.
Em concreto, as deputadas questionaram se:
No texto dirigido ao Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, o BE lembra que “o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda já questionou o ministro do Ambiente e da Ação Climática no sentido de ver esclarecido o enquadramento legal em que a empresa utiliza os recursos hídricos do rio Almonda, bem como que taxas se lhe aplicam pela utilização privativa de águas do domínio público hídrico do Estado”, estando ainda a aguardar resposta.
O BE recorda Helena Pinto, “vereadora do Bloco de Esquerda na Câmara Municipal de Torres Novas questionou o presidente da Câmara sobre se este tinha conhecimento da existência de algum projeto para aquele local”. A resposta dada por Pedro Ferreira, autarca torrejano, “foi que o administrador da empresa tinha informado que existe intenção de “apresentar um projeto para valorizar aquele local”, sem, no entanto, se conhecer nada em concreto”.
Para mais, diz o partido, “em agosto passado, a empresa fechou a cadeado o acesso à nascente do rio Almonda, alegando motivos de segurança”, mas que recentemente publicou um vídeo “utilizando imagem e som da nascente do rio”, atitudes que “parecem indicar outro tipo de intenções por parte” da Renova, com “intenções de ali fazer algo”.