A sua vida tem sido de tudo menos de banalidades. A começar por Lisboa, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, onde nasceu, a vida de Ana Rita Mendes Pereira é um mar de acontecimentos, vagas intempestivas, tormentas, mas também de tempos reflexivos, de bonança, quase sagrados.
Costuma fazer a celebração dos seus aniversários no cume de uma grande montanha. Isso tem algo de cósmico, de uma ressonância com o tempo, e também de alguns aspetos simbólicos. Já o fez, por exemplo, na Serra da Estrela, um santuário, na sempre mágica Serra de Sintra e no pico do vulcão do Fogo (em Mosteiros, Cabo Verde). (...)
“Em 2005 tive o meu cancro, e quando isso acontece só podemos ter duas posições: ou ficarmos zangados, ou não ficar. O corpo queixouse, e em última instância era a natureza a impor-se. Eu decidi não ficar zangada, e isto, é essa a minha convicção, curou-me, a doença oncológica passou. Porquê? Porque é a verdade. É importante percebermos as expetativas que temos de nós próprios, devemos ter as expetativas do melhor, e seguir a Verdade universal”, reflete a curadora da CME. (...)
Depois de, aos nove anos, ver os pais a separarem-se, esta experiência voltou a pô-la à prova. As sombras da vida ajudaram-na a ser ainda mais sensível “às pequenas coisas à nossa volta, ver uma planta a nascer da terra, tocar numa pétala…” Foi um renascimento, acredita, “há muitas vidas que estão em mim”. (...)
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