O dia 18 de maio foi estabelecido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como “Dia Internacional dos Museus” e, todos os anos, a data é celebrada com o objetivo de promover ações (junto de pessoas e entidades) que proporcionem reflexões sobre o papel dos museus no desenvolvimento das sociedades. Como são inúmeros os aspetos que poderiam ser debatidos, para cada ano é escolhido um tema, em torno do qual se criam conteúdos (publicações, palestras, vídeos, atividades de grupo, …) a ser analisados e debatidos, com vista a abordar tópicos relacionados com o tema selecionado e a sua pertinência, na época em que tem lugar e tendo em conta a diversidade de estratégias adequadas aos diversos pontos do planeta em que a influência dos museus se deverá fazer sentir.
Naturalmente, o conceito de museu tem evoluído ao longo dos tempos, a ponto de, após ser considerado como um espaço onde se juntam peças a que se associa alguma “história”, se ter alargado a espaços abertos (como um campo, uma rua ou um rio) e até a apenas conjuntos de ações que – pelo seu efeito no desenvolvimento de condições de vida e de apropriação de cultura – acabaram por ser também incluídas na definição de museu. Assim, a própria vida de uma coletividade, desde que “contada” em livro, em imagens, em utensílios ou até em momentos que proporcionem que alguém conte histórias relacionadas com diferentes épocas e datas da sua existência, pode ser integrada na definição mais recentemente proposta pelo Comité Executivo do Conselho Internacional dos Museus, de que “Os museus não têm fins lucrativos. São participativos e transparentes; trabalham em parceria ativa com e para as comunidades diversas na recolha, conservação, investigação, interpretação, exposição e aprofundamento dos vários entendimentos do mundo, com o objetivo de contribuir para a dignidade humana e para a justiça social, a igualdade e o bem-estar planetário”.
O tema escolhido para 2021 é “O Futuro dos museus: recuperar e reimaginar”, o que permitirá, não só que se reflita sobre a recuperação de iniciativas já existentes e algo “esquecidas”, como imaginar novas estratégias para reativar outras cujos objetivos pareçam já ultrapassados, bem como olhar em volta para descobrir (muitas) outras que merecem que as abracemos e nelas envolvamos pessoas da nossa rua, da nossa terra, do nosso país e do mundo, para que se caminhe em direção ao propósito de “… contribuir para a dignidade humana e para a justiça social, a igualdade e o bem-estar planetário”.
O Centro Ciência Viva de Constância (CCVC) promove a comemoração do Dia Internacional dos Museus (18 de maio) no domingo seguinte (dia 23) com a iniciativa “Evocações ao piano”, da qual fazem parte curtas alusões às perspetivas que o CCVC assumiu como “museu”, ao Museu dos Rios e das Artes Marítimas e ao Museu Agrícola de Riachos. A sonoridade de um piano acompanhará as breves palavras e imagens que evocarão o papel e propósitos de cada um dos museus referidos, antes de, conjuntamente com a Banda Filarmónica Juvenil de Montalvo, proporcionar um momento musical, evocando também o papel social daquela instituição e a permanente preocupação de reimaginar estratégias que garantam continuidade no propósito de capacitar dezenas de jovens para o “… aprofundamento dos vários entendimentos do mundo”.
A participação do público será gratuita, apenas se admitindo algum condicionamento da lotação do Anfiteatro Rómulo de Carvalho (250 lugares) se, à data, ainda persistirem limitações impostas por regras associadas à pandemia COVID19.
O evento tem início marcado para as 15:00 do domingo, 23 de maio, e será transmitido através do Facebook.
INFORMAÇÕES: info@constancia.cienciaviva.pt Telef. 249739066/ 911588984