Vítor Ferreira luta desde sempre contra um problema de saúde que lhe afecta a locomoção. Desde 2016 que está fechado em casa, sem oportunidades para se integrar no mercado de trabalho. Tudo o que pede é um emprego.
Vítor Ferreira, 35 anos, natural do Tramagal, nasceu com paralisia cerebral que lhe afecta os membros inferiores, provocando falta de equilíbrio, tendo sido diagnosticado com 70% de incapacidade. Sempre sentiu discriminação, mas diz: “já não ligo a isso, não é o meu foco”. Completou o 12º ano de escolaridade em Abrantes, e deixa rasgados elogios a Humberto Lopes, à época director CRIA: “Foi graças a ele que pude estudar, arranjou-me transporte. Foi das pessoas que mais fez por mim”, recorda. (...)
Ciente das dificuldades, não aceita este destino: “O problema não deve limitar os sonhos, também tenho sonhos”, desabafa. “O meu maior sonho era ter emprego, tirar a carta e ser mais autónomo”, conta. Também “gostava de ter filhos para ser o pai que não tive, mas vou perdendo a esperança”, lamenta. (...)
Vítor admite que gostaria de ter sido jornalista, mas que neste momento isso não é mais um objectivo. Ainda assim, criou a Rádio Verdadeira Amizade e o jornal Só Desporto, a que se dedica “como um passatempo”. Mas, admite, que são estas distrações que o salvam: “Se não fosse o apoio da família, a rádio, o jornal e o TSU, já tinha dado em maluco”. (...)
Poderá ler a reportagem completa na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.