Quatro meses após a apresentação pública em Lisboa da proposta pela jovem Associação da Calçada Portuguesa (ACP) para a inscrição da arte e saber-fazer da calçada portuguesa no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, esse reconhecimento acabou de ser expresso há poucos dias no Diário da República.

Ainda recentemente, pouco tempo antes da seleção de futebol de Portugal entrar no estádio Puskas Arena para jogar com a homóloga da Hungria para o Euro 2020, a capital húngara viu ser inaugurada uma amostra de calçada portuguesa representando um ícone da cidade de Lisboa criado pelo mestre calceteiro Vítor Graça. (...)

São muitas as inspirações que a calçada retirou do mar, mas isso também faz parte do facto de ser portuguesa e genuína, e de sempre reforçar com alma o espírito do lugar. Claro que haverá logo quem veja nessas decorações, que incluíam os Descobrimentos Marítimos, belos brasões monárquicos e alusões sombrias ao passado colonial de Portugal, motivos de desapreço. (...)

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