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15 AGO 2021
EDITORIAL | "Rios", por Margarida Trincão
Por Jornal Abarca

“O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia(…)”

“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro

 

As palavras do poeta falam por si e para além de todo o significado que podem ter. Citar Fernando Pessoa é um abuso quando encima um texto de um qualquer escriba, no caso uma mera jornalista.

Que me perdoem os literatos e estudiosos pessoanos, mas quero falar de rios que se unem a caminho do longínquo oceano. Vem isto a propósito da parceria que os jornais abarcae O ALMONDA estabeleceram para juntos atingirem novos e mais públicos, o nosso mar. Tal como os rios Tejo e o Almonda também ambas as publicações mantêm o seu leito, a sua linha editorial e a sua identidade e ambas divulgam a região em que se inserem. Estamos juntos por que acreditamos que juntos seremos mais fortes.

As palavras relacionadas com água fazem parte da linguagem corrente sem que nos apercebamos habitualmente disso mesmo. Na gíria jornalística, cada um de nós tem as suas “fontes” e a elas recorremos para obter informações. “Bebemos ensinamentos”, “navegamos nas mesmas águas”, queremos estar “na crista da onda” e muitos mais exemplos poderíamos enumerar. A água determina a existência de qualquer ser vivo do mais microscópio ao maior do planeta. Até há cerca de 20 anos a baleia azul era o maior ser vivo à face da Terra. Foi “deposta” por um “insignificante” fungo da espécie Armillaria gallica, cujo micélio atinge 440 toneladas e se estende por uma área de 37 hectares. Seja como for, penso que é uma evidência (até à data) que a combinação H20 é determinante para o “aparecimento” da vida na sua multiplicidade.

Dentro dos seus limites abarca tenta em todas as edições fornecer um leque variado de temas e opiniões que satisfaçam os diferentes interesses dos nossos leitores e esta edição não foge à regra.

Nela incluímos uma entrevista a António Gentil Martins, cirurgião de renome internacional, filho de um também médico e atleta olímpico, nascido em São Miguel do Rio Torto. Em tempos de Jogos Olímpicos também Simão Morgado, ex-nadador, tem uma história para contar. Participou em quatro olimpíadas e tem ascendência em Santa Margarida.

Gonçalo Serras não é atleta, nem médico, são outros e múltiplos os seus interesses de vida. Algumas décadas, não muitas, recheadas e experiências e multifacetados trabalhos. Histórias de vida como a da família de Vila Nova da Barquinha que tem para com a sua “Pipoca” um amor incondicional. Ou a “aventura” de quem investiu a sua vida a refrescar o verão dos seus clientes, com gelados únicos. A calçada portuguesa, a sua história e uma das imagens de marca do país.

Otelo Saraiva de Carvalho, figura incontornável, apesar de polémica, no comando das operações que fizeram com que existisse o 25 de Abril. “Aqui posto de comando do movimento das Forças Armadas…”, (primeiro comunicado do movimento, lido por Joaquim Furtado, jornalista de serviço nessa noite, aos microfones do Rádio Clube Português na madrugada de 25 Abril). Por detrás de tudo estava Otelo.

Mas muito mais há para ler. Boas férias se for o caso.

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