Li algures que o ser humano é o único animal consciente da sua finitude. Parece-me credível.
Mas, com o passar dos anos, reparo que há muito boa gente a perder anos de vida achando que está a gozá-la roubando os melhores momentos dos outros.
A mentira, o preconceito, a inveja, a indiferença e a difamação - entre tantos outros crimes de que só a Humanidade é capaz – conseguem antecipar e tornar miserável o fim desejado de quem ainda tem tanto para dar e vender.
Que mundo estranho este. Uns dias estupidamente redondo por tantas voltas que dá e outros maravilhosamente plano, porque nos deixa ver o sol para lá do mar e a luz que irradia bem ao fundo do mais longo dos túneis que percorremos sem querer. São tantas as fobias que nos assombram, como as alegrias quando as superamos.
Agora a sério, não vale a pena. A vida é mesmo curta. Já tantas cobaias o mostraram que acho que já é uma prova científica incontestável.
Mesmo quem acredita que isto não acaba aqui, sabe que o aqui é agora. Não há mais tempo a perder com alminhas fedorentas, que teimam em espalhar mentalidades com cheiro a mofo.