Quando nos apercebemos de que ultrapassámos a nossa esperança de vida, começamos a sentir uma certa nostalgia ao assistirmos a acontecimentos marcantes. Foi assim com os recentes Jogos Olímpicos. “Terão sido os últimos para mim?”
Com as próximas eleições autárquicas acontece coisa parecida, com a particularidade de estar nelas familiarmente interessado...
Não posso negar que, à minha maneira, tenho sido político ao longo dos meus últimos 60 anos, mas nunca me senti atraído por exercer cargos públicos, (nos anos 80 cheguei mesmo a não aceitar um lugar de vereador na Câmara de Abrantes... ).
Senti que pouco ou nada tenho evoluído ao reler coisas que escrevi há mais de 20 anos. Tenho sido, e julgo que continuarei a ser, um romântico conservador de esquerda, pouco carismático, defensor do debate de ideias em busca da verdade dos factos e do bem comum. Os mais velhos dos meus leitores talvez se lembrem da BBC de Tramagal, que me ia valendo a demissão, por justa causa, do meu emprego na MDF.
Eis o que escrevi em 1993, revisto em 2000.
Mesmo vivendo em democracia e num Estado dito “de direito” a nossa felicidade como cidadãos pode ser fortemente condicionada.
Se não reagirmos, os progressos na manipulação das pessoas vão acabar por nos transformar, pelas artes mágicas dos meios de comunicação, em meros fantoches esterilmente felizes ou em escravos sonhadores angustiados e impotentes.
Parece só haver um caminho para melhorar a nossa qualidade de vida: o aperfeiçoamento da democracia que temos, com o fortalecimento das associações de “consumidores” e um melhor aproveitamento do saber adquirido por todos nós e, em especial, pelos cientistas e técnicos. Esse aperfeiçoamento exige a discussão, pública e permanente, dos verdadeiros, pequenos e grandes, problemas, o empenhamento das boas vontades e a concretização das boas ideias dos que queiram transformar Portugal num País em que dê gosto viver.,
Tudo o que interesse à comunidade deve passar a ser discutido a todos os níveis,e pelo maior número de pessoas possível:.
Como base paradigmática provisória para a intervenção individual:
Pela Verdade, A Bem da Nação, Unidos Venceremos