Uma enorme crise global varreu o planeta, e o ensino presencial, até então considerado sem contestação como o mais capaz e competente, foi substituído, como recurso, por soluções digitais, recorrendo-se às mais diversas plataformas digitais de trabalho e comunicação online.

Presencial, virtual ou híbrida? Como vai ser a Educação em Portugal (e no mundo), agora que, com o início de um novo ano letivo e com o processo de vacinação já bastante avançado, tudo parece concorrer para a entrada numa era pós-pandemia? Deve voltar-se ao velho normal do ensino com a presença do professor e dos alunos, com toda a empatia que nessa comunhão se pode obter? Devemos avançar já com determinação para o ensino à distância e investir na educação digital, considerada pelos millennials, ou Geração Y, como a pedagogia do futuro? Ou é preferível avançar por um trilho de compromissos, pontes e equilíbrios, aliando as virtudes da escola tradicional e de sempre com os méritos e potencialidades que a tecnologia, a cultura digital e as metedologias online sabem oferecer? (...)

Outra questão importante, crescente, complexa e para a qual não se perspetivam sinais de mudanças positivas, tendo-se adotado há já bastantes anos a política de gerir o caso com a costa à vista, é o da integração das minorias étnicas e outras na escola, em particular, pela crescente número de matrículas de jovens da etnia cigana, obrigados ao cumprimento da escolaridade obrigatória, atualmente, e na teoria, até ao 12º ano. O absentismo e o insucesso escolar dos alunos da etnia são muito elevados, embora estejam bastante melhores do que há dez ou vinte anos, e alguns têm sido apontados como causadores de perturbação. Segundo os últimos números divulgados, há 25 mil jovens gitanos nas escolas portuguesas. (...)

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