É um mistério este mundo que funde fé e crenças, um saber antigo e que parece ter resistido a mil testes e experiências, movido por pessoas com um “condão especial”, incensado por uns, ostracizado por outros, e que parece alheio aos que sobram (pelo menos enquanto não precisam dele…).
“Há coisas que existem, mas não se explicam, que funcionam de maneiras misteriosas, como é o caso da eletricidade e de outras energias. Como dizia Shakespeare, entre o Céu e a Terra há muito mais do que aquilo que podemos ver”, afirmou Anabela Leandro dos Santos (...).
Segundo Ana Saraiva Neves, antropóloga que investigou no município de Ourém entre 2001 e 2019, e atualmente em funções na Direção Geral do Património Cultural, “a lenda pega num facto histórico e acrescenta algo, relata factos, mas o imaginário acrescenta-lhe sempre algo”. Salienta que nas lendas, que “condensam informação”, há “antiguidade, anonimato, persistência e oralidade” (...)
Também de inegável ligação à mais estrita cultura popular, os provérbios vistos do Ribatejo, foram escalpelizados por Ludgero Mendes, um antropólogo com fortes elos a uni-lo ao folclore e às lides tauromáquicas. “Os provérbios assumem importância na fixação e transmissaão de conhecimentos. Por detrás de cada provérbio há valores seguidos ou impostos, há conhecimentos das ciências agrárias, da leitura dos astros e também referentes ao quadro moral”, observou Ludgero Mendes. (...)
Poderá ler a reportagem completa na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.