António Larguinho nasceu em Sines mas há décadas que dá vida à “Tulipa”, uma das casas mais características da região. No Pego se estabeleceu, tendo deixado para trás uma vida de pescador a que estava destinado.
Fez pesca de anzol na costa e de alto-mar. Mas não só em Sines: “Cheguei a ir para Marrocos e para as Canárias. Eram viagens de cerca de três semanas, mal tomávamos banho”, diz com cara de quem denuncia as recordações como algo a não repetir. A pesca de alto-mar, garante, era o pior: “Íamos à meia-noite e chegávamos a meio da tarde do dia a seguir...”. As mulheres, em terra, nunca sabiam se os maridos e os filhos voltavam. (...)
Certo dia, António teve uma visão de negócio que lhe mudaria a vida. Ouviu falar que iriam arrancar as obras na Central do Pego e imediatamente sentiu que haveria ali uma mina de ouro para explorar: “Disse logo ao meu sócio que tínhamos de apostar aqui porque tinha noção do fluxo de gente que viria para cá trabalhar”, reconhecendo que “na altura nem sabia onde era o Pego". (...)
E daqui em diante? “Para mim isto é quase como um filho, foram muitas horas de dedicação”. Não se quer reformar para ficar em frente à televisão, mas admite que há-de chegar a hora de dizer adeus à casa que construiu de raiz já lá vão mais de trinta anos. (...)
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