Em todo o perímetro industrial, e entre escombros, paredes em derrocada e pavilhões destelhados não há ali uma excitação - e apenas um brasão real imaculado e a imponente chaminé de tijolo permanecem, apesar dos anos de paragem e tédio, com a sua altivez régia.
Situa-se ainda dentro da malha urbana de Tomar, não longe do Rio Nabão, que outrora foi uma das suas razões de ser, de se ter tornado realidade, agora é um lugarete profundamente lúgubre, até sombrio, se for legítimo comparar aquelas ruínas tristes com os tempos áureos em que ali laborava uma das pioneiras da industrialização do país e que conseguiu sobreviver até à década de 1990. (...)
A Fiação de Tomar, com todo o pioneirismo, prestígio e importância que teve para o país, e também pelos altos e baixos que sofreu entre 1789 e 1996, ano da declaração da sua falência, é também um testemunho do espírito do seu tempo e das suas vicissitudes. (...)
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