Ser leve como as aves, voar com o vento, quase suspender a gravidade… Não se nasce paraquedista, mas olhar para o céu e deixar deslumbrar-se no encanto de homens e mulheres que vêm do céu, ajuda muito. Sotero Medley sabe do que fala.
Sotero Henrique Medley Rosa, nascido em janeiro de 1963 em Luanda (Angola), recebeu cedo a bênção desse encantamento, e não foi só pela genética, como por todo o meio ambiente e pela cultura e pelos valores adjacentes ao saber e à ética paraquedista. Sotero Medley Rosa (seu pai) foi paraquedista, e, com o seu brevet número 112, pertenceu ao primeiro curso de paraquedismo para portugueses, curiosamente realizado só para militares, em maio de 1955, não em Portugal, mas em Alcantarilla (Múrcia, Espanha). E não foi um paraquedista qualquer: foi um dos pioneiros no paraquedismo militar português e pertenceu ao primeiro corpo destas tropas de elite a ser destacado para a guerra colonial para suster a rebelião de guerrilheiros independentistas que em 1961 eclodira na então província ultramarina de Angola, e defender as populações locais de mil atrocidades. (...)
“Para voar de paraquedas é preciso alguma dose de coragem, uma boa capacidade de decisão e gosto pela modalidade, que é um desporto onde tudo é controlado”, observa, esclarecendo que o medo que alguém possa sentir no momento do salto “é bom, porque revela sobretudo sentido de responsabilidade”. (...)
Poderá ler a reportagem completa na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.