Há na Nazaré, entre a Praia, o Sítio e a Pederneira, um ambiente cúmplice e complementar que convida a considerarmos tentador e mágico, mas, desta vez, retardando o prazer de um novo encontro com o labirinto das suas ruas e da maresia, decido, pela primeira vez, trepar (literalmente) até ao alto do Monte de São Bartolomeu e aos seus mistérios.
Esse sentimento de intensidade, que persiste, convive hoje, com ternura, com o que é a profunda saudade dos meus pais, que ainda recordo comigo e com o meu irmão pequeninos, naquele imenso areal, onde os pregões reinavam e anunciavam os imperadores das minhas tardes: “Olha a bolacha americana torradinha! Olha os pastéis de nata fresquinhos! Olha a bela Bola de Berlim”. (...)
Apesar da modernização do local, sobrevive e resiste ainda no Sítio uma comunidade de cepa antiga e genuína que continua a viver e a transmitir a vida tradicional, com as suas atividades mais pitorescas e autênticas, com as pescarias à cabeça. Entre elas, persiste um modo simples de existir e continua a revelar-se uma vida enorme e real, são verdadeiros heróis, e não são dos de ficção. (...)
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