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05 MAR 2022
ENTREVISTA | Dr. Carlos Cortes: "Mesmo com a Covid endémica, teremos de manter algumas precauções"
Por Jornal Abarca

A tuberculose e a malária são doenças endémicas e continuam a matar. A covid-19 irá instalar-se e teremos de aprender a viver com ela. Carlos Cortes, diretor do serviço de Patologia Clínica do CHMT e presidente da Secção Regional Centro da Ordem dos Médicos, afirma que “o impacto clínico da variante Ómicron é muito mais ténue do que as suas antecessoras” mas, “estamos a tratá-la como as outras, o que é profundamente errado”.

Justifica-se o medo subjacente a esta doença? Faz sentido continuarmos a viver numa bolha? Continuarmos a ter receio de cumprimentar os nossos amigos e familiares com um beijo ou um abraço? Ou, os isolamentos de sete dias, por exemplo?
É preciso ter a noção que temos atualmente um vírus muito diferente do que surgiu no início da pandemia. Quase podemos dizer que é uma pandemia diferente. A estirpe selvagem, o vírus original proveniente de Wuhan, na China, ou a sua variante Delta, nada têm a ver com a variante Ómicron. O impacto clínico do vírus SARS-CoV-2, na sua variante Ómicron, é muito mais ténue do ponto de visto clínico do que os seus antecessores. Apesar disso, estamos a tratá-la como tratámos as outras variantes e isso parece-me profundamente errado. Os isolamentos de sete dias estão a paralisar empresas e também os hospitais. Temos de aprender a viver mais normalmente com este vírus, e este é o momento ideal para o fazer, porque existe uma espécie de saturação em que milhões de portugueses estão imunizados – ou por terem tido a doença COVID-19 ou por terem sido vacinadas. Urge uma nova abordagem por parte da Direção-Geral de Saúde e por parte do Ministério da Saúde, que possibilite uma maior abertura da sociedade, mantendo em paralelo algumas medidas de proteção das pessoas. 

A vacinação é de facto a melhor arma de combate à pandemia?
Não é aquela que considero a melhor arma de combate da pandemia. É uma das armas de que dispomos, neste caso é uma arma de prevenção, já que evita a doença grave em 95% dos casos. A melhor arma contra a COVID-19 seria uma medicação eficaz que tratasse a doença e que evitasse o seu agravamento. Há já vários fármacos aprovados pelas agências internacionais, mas ainda nos falta uma evidência robusta para podermos afirmar que já termos o fármaco que trata a COVID-19. Mas, sem dúvida, que até ao momento a vacinação é, aos olhos da evidência científica e do conhecimento atual, uma arma poderosa.

Poderá ler a entrevista completa na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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