UCRÂNIA

Faz hoje precisamente um mês que rabisquei, num misto de impulsividade e ignorância, a primeira opinião sobre a invasão russa na Ucrânia que tinha 48h de duração. Porém, caso o fizesse hoje, só alterava a apreciação quanto aos “paninhos quentes”. Diria que, afinal, os panos até têm provocado umas queimaduras de 2.º grau. Confesso que a aplicação de determinadas sanções em uníssono pela Europa e Estados Unidos surpreenderam-me. Tenho a certeza que aos russos também. Mas uma vez que continuamos com medo do monstro, torna-se obrigatório fazer uma auto-avaliação. Qual a conclusão? O vilão continua “de camarote a bater palmas” e nós com pinças para não irritar o bicho, não vá o diabo tecê-las e ele matar-nos a todos. Nós, o vulgarmente denominado Ocidente.

REFUGIADOS

Os refugiados já vão chegando a Portugal e o “amigo” Ventura abre uma excepção e abraça os ucranianos porque estes não chegam de iPHone na mão e, afinal, vêm” por bem”. Temo sim, que sendo homens de bem, a bondade e a necessidade os conduza a situações de exploração laboral. Já li qualquer coisa…

Negros, afegãos, marroquinos e outros, não são homens de bem. Só não percebi, ainda, onde o Ventura encaixa os escravos do Paquistão, Nepal, Bangladesh, entre outros, que trabalham nas estufas e culturas intensivas no Algarve e Alentejo. Eu sei que já nos esquecemos deles. Mas se o Covid acordar lá para aquelas bandas, as reportagens televisivas, à semelhança das culturas onde eles trabalham, tratam de os “ressuscitar” intensivamente.

Neste preciso momento, escuto que os G7 estão reunidos e vão carregar, ainda mais, as sanções, pois a “Ucrânia deve prevalecer”, afirma Boris.

Portugal

Escutei hoje à 1h da manhã a composição do nosso governo, como direi… recauchutado. Novo, não de todo! Se fosse objecto de adaptação a cinema o título seria: “Costa e os três mosqueteiros”: Medina, Duarte Cordeiro e José Luís Carneiro. Medina nas Finanças é inacreditável! Premiado pelas más finanças que deixou na Câmara de Lisboa e a delação dos russos em Portugal.

Não vou parabenizar António Costa pelo número de elementos do género feminino neste governo porque ao fazê-lo, aí sim, estaria a discriminar. Aceito o facto como natural e sendo natural nada a relevar. Relevo, sim, a Professora Elvira Fortunato, acreditando que irá desenvolver um bom trabalho.

Quanto à Ministra que me irá tutelar, nada sei, para além que passou pelo Constitucional e as coisas não correram muito bem.

Lamento que o ainda ministro Santos Silva abandone uma função executiva. Perfil exacto para ministro da Defesa numa europa efervescente.

Quanto a reincidentes houve mudança de cadeira com direito a promoção em ministério de peso e, inexplicavelmente, manutenção de chaise mas longue, de forma a facilitar mais anos no anonimato e gafes imperdoáveis. Mas o Plano de Recuperação e Resiliência salvará todos estes condicionamentos e o Senhor Primeiro Ministro bem pode proclamar: “L’ état c’est moi”.