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20 JUN 2022
OPINIÃO | "Walking Football", por Nuno Pedro
Por Jornal Abarca

Com a sua génese em Inglaterra, em 2011, o walking football não é mais do que uma nova forma de praticar desporto, por quem já ultrapassou a barreira do meio século de idade. Chegou ao nosso país há cerca de quatro anos e a cada dia que passa vai ganhando mais adeptos.

Tal como o seu nome indica, trata-se de uma vertente desportiva em que os praticantes jogam futebol de um modo peculiar, ou seja, a andar. Sem qualquer tipo de correrias, saltos, rasteiras, adequado a quem o corpo já não permite grandes aventuras. Mais do que qualquer benefício físico, o walking football tem subjacente um espírito de integração e convívio de grupo, buscando um envelhecimento mais ativo, contribuindo igualmente para combater, em muitos casos, a solidão e o bem-estar de todos quantos o praticam, não só ao nível físico, como já referi, mas sobretudo no que concerne à saúde mental.

E para se praticar walking football não são necessários grandes requisitos, bastando para isso ter mais de 50 anos e uma acérrima vontade de recomeçar ou continuar, conforme os casos, a realizar atividade física. Não é exigida qualquer premissa em termos de experiência anterior no desporto e é adaptável aos diferentes níveis de aptidão que cada um revela.

Em termos de regras pelas quais se rege o walking football, são 20: 1) equipas constituídas por seis elementos, que podem ser mistas; 2) um campo com as dimensões de 21mX42m; 3) balizas com três metros de comprimentos e um metro de altura; 4) não existe guarda-redes; 5) todos os jogadores devem manter uma distância de três metros das balizas durante o jogo; 6) não existe número máximo de substituições e estas têm que ser realizadas ao lado da baliza; 7) não existe a regra do fora de jogo; 8) é proibida entradas em tackle e qualquer contacto físico; 9) os jogadores só podem caminhar, sendo obrigatório no movimento estar sempre com um pé a tocar o solo, sendo o “correr” punido com livre indireto; 10) não existem penáltis, apenas livres indiretos e todos os jogadores devem manter uma distância de três metros; 11) a bola não pode ser jogada acima da barra da baliza; 12) quando a bola ultrapassar uma linha lateral, deverá ser reposta em jogo no mesmo sítio em que saiu, sendo a reposição efetuada com o pé e sempre com os adversários a três metros de distância da bola; 13) quando a bola atravessar a linha final deverá ser aplicado canto ou pontapé da baliza e sempre com os adversários a três metros de distância; 14) depois de cada golo o jogo deverá recomeçar com pontapé de saída no meio campo; 15) não são válidos os golos marcados do meio campo defensivo; 16) se um golo for impedido de forma ilegal (ex: mão na bola, correr para evitar que a bola entre, não cumprir distância de três metros face à baliza), o mesmo deve ser validado sem recurso à falta; 17) o árbitro pode ordenar a substituição de qualquer jogador que apresente um comportamento agressivo ou linguagem imprópria; 18) se um jogador for advertido com um cartão amarelo deverá ser substituído e terá de permanecer no banco dois minutos; 19) um jogador que receber um cartão vermelho (por acumulação de amarelos ou direto) deverá abandonar o campo de jogo, deixando a sua equipa em inferioridade numérica; 20) todas as decisões do árbitro em qualquer situação do jogo devem ser respeitadas e cumpridas.

Uma nova forma de jogar futebol, que começa agora a dar passos consistentes em Portugal e que pode ser a tábua de salvação para melhorar a saúde de quem o pratica.

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