Escapaste a dois anos de pandemia, mas não poderias deixar de fazer parte da estatística e cumprir a experiência de a vivenciares fisicamente também.
Morde o ar. Engole em seco. Sustém a tosse. No intervalo bebe água, pela tua saúde.
Andas há tanto tempo a adiar ir ver o mar e agora, que não podes mesmo, compras água do mar sob a forma de vapor, sem aquele encanto libertador, a não ser o das vias nasais. Esperamos nós.
Para quando a oportunidade de cada um de nós regressar à sua normalidade?
Deus, universo, natureza, ciência, acho que já todos tomámos nota da nossa pequenez e de como os nossos comportamentos podem deitar por terra todos os sonhos do mundo. Lição aprendida.
As pessoas estão sedentas de alegria, divertimento, feiras temáticas e festivais.
Perdemos a nossa espontaneidade e camuflámos os nossos sentimentos atrás de uma máscara que teima em não cair.
Se é certo que dificilmente recuperaremos o tempo perdido, muito dificilmente voltaremos ao ponto onde ficámos. Estamos diferentes.
Não somos mais os mesmos. É um facto.
E sabes o que isso significa? Que precisamos de nos redescobrir ou reinventar.
Eu continuo imersa em dúvidas, mas até as dúvidas são outras.