Domingos Chambel, presidente da Direcção da Nersant, acusa o jornal “O Mirante” de “inqualificáveis e sucessivos ataques” justificando que a associação “não tem que pagar a O Mirante para não ser atacada, ou enaltecida nas primeiras páginas do seu jornal”.
A Nersant, que mantém um recente conflito público com o referido órgão de comunicação social, acredita que “não pode e não deve ser conivente com interesses instalados, correndo o risco de amanhã ser questionada sobre as contra partidas pessoais ou coletivas de estar a pagar a O Mirante serviços inexistentes”.
Assim, diz Chambel, “O Mirante mente porque nunca financiou a Nersant” pois “as notas de imprensa que publicou são distribuídas por todos os órgãos de comunicação social que são livres de as difundir”.
Demonstrando mais do que uma vez que as notícias publicadas pelo jornal serão uma forma de retaliação pela redução, ou corte total, de financiamento por parte da Nersant, Domingos Chambel lembra que “a publicidade solicitada foi paga a preço de ouro à margem do dízimo de 2.635,00€ mensais que recebia sem qualquer contrapartida” naquilo com qualifica como “escuro comportamento oportunista de décadas”.
Por isso, conclui, “as intenções de O Mirante é descredibilizar a Nersant e seus presentes dirigentes para promover outros candidatos que sejam coniventes com os seus interesses” e que o jornal “não tem que ter o monopólio dos fundos da Nersant para a comunicação social”.
Recorde-se que o conflito se mantém público desde que o jornal “O Mirante” noticiou em Outubro que a Nersant se encontraria “sem tesouraria e afundada em dívidas”, algo negado pela associação. Esta semana o jornal noticiou que “financiou a Nersant em 150 mil euros nos últimos 10 anos” acusando Chambel de se comportar “como nos tempos da ditadura salazarista”.